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Hora do Empreendedor com Ibraim Gustavo – O ser humano e sua relação com a tecnologia

Apego, convivência, intimidade, familiaridade. Todos esses são termos que explicam o que é um relacionamento, que pode ocorrer entre seres da mesma espécie ou não, como o ser humano e sua relação com a tecnologia.

Definitivamente o ser humano tem um apego muito fiel às ferramentas digitais, sejam elas quais forem: celulares, computadores, Inteligência Artificial, máquinas, entre outras.

A intimidade entre humanidade e tecnologia

É difícil imaginar que alguém hoje tenha uma vida normal sem conviver com algum tipo de tecnologia, seja ela de ponta, ou mesmo aquela que tenha um caráter mais analógico.

A tecnologia está cada vez mais íntima do homem, sendo seu primeiro contato ao amanhecer, e sua companhia até na cama, antes de dormir.

Mais que isso, a tecnologia transformou a intimidade do homem – de um recôndito particular a uma página aberta e exposta a quem quiser acessar e esquadrinhar, disponível nas redes sociais.

A tecnologia tem se tornado tão presente em nossas vidas, que ela já faz parte da família. Muita gente passa dias sem falar com um membro da família, mas não deixa de acessar a internet, ler notícias em portais, ou assistir a filmes e séries em plataformas de streaming.

Em muitos casos, somos mais familiarizados com a tecnologia e seus recursos, que com um parente, amigo, vizinho ou colega de trabalho. E isso tem se tornado cada vez mais comum.

Afinal de contas: o que é tecnologia?

Muita gente acredita que a tecnologia se restringe a computadores, tablets, smartphones, smartwatches, robôs, e outras coisas que não existiam há pouco mais de duas ou três décadas.

Essa sensação ocorre por conta da aceleração no desenvolvimento de novas tecnologias e dispositivos, e pela expansão da Quarta Revolução Industrial (link Indústria 4.0) e tudo o que ela proporciona em termos de emprego, profissões e qualidade de vida.

Como os avanços têm ocorrido rapidamente, e em espaços de tempo cada vez mais reduzidos, temos a impressão de que tudo o que foi criado antes dos anos 2000 já é obsoleto e perdeu a utilidade.

O programador e cientista da computação, Alan Kay resume da seguinte forma: “tecnologia é tudo aquilo que não existia quando você nasceu”. A frase é perfeita para expandir nossa compreensão sobre o que é tecnologia, e sobre como o homem se relaciona com ela.

Para alguém que triturava nozes, amendoim e outras sementes no pilão, a invenção do liquidificador é pura tecnologia. Pergunte aos contemporâneos de Gutenberg se a criação da prensa para publicação de escritos não é uma revolucionária tecnologia.

Tecnologia é tudo aquilo que facilita a vida do homem, mesmo que seja realizada por meios analógicos.

Agora, é bem verdade que quanto mais o tempo passa, e mais a tecnologia evolui, mais dependência do digital temos, e cada vez menos faz sentido o uso de qualquer objeto, produto ou serviço que não tenha como base tecnológica recursos digitais ou virtuais.

Na minha época não era assim

“As crianças de hoje só ficam atrás dessa tela de computador”; “meu filho não sai do celular e do joguinho”; “na minha época não era assim. A gente não se apegava à tecnologia, brincava lá fora e éramos muito mais saudáveis”.

Quem nunca ouviu ou falou uma frase dessas, ou publicou alguma delas nas redes sociais? Essas palavras defendem que o uso da tecnologia por parte de crianças e jovens é prejudicial, e que elas deveriam sair de frente da máquina para ter uma vida mais social.

Não raramente elas são expostas justamente nas redes sociais, que nada mais são que plataformas tecnológicas para entretenimento, diversão e interação entre os usuários e, de maneira cômica, as pessoas que criticam a tecnologia o fazem justamente usando a própria tecnologia para isso.

Bem, acredito que, no final das contas, nós não tenhamos nada contra a tecnologia, e porventura seja apenas saudosismo mesmo, de uma época (infância) que não volta mais.

Talvez não tenha nada a ver com “na minha época era melhor”, e nada contra o uso da tecnologia em si. Mas, com aspectos emocionais, dos quais todos nós, uma hora ou outra, sentimos saudade e profunda nostalgia.

Ibraim Gustavo – Jornalista, pós-graduado em Marketing (UNIP) e MBA em Comunicação e Mídia (UNIP). É também escritor, redator e radialista, e possui formação em Profissões do Futuro (plataforma O Futuro das Coisas), e no programa Restartse (plataforma StartSe).

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