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Curso de manejo de pragas e doenças no café é realizado em Varginha

Turma piloto contou com produtores e sucessores familiares

Foto: Sistema FAEMG SENAR

A demanda por práticas sustentáveis e eficazes no manejo de pragas e doenças na cafeicultura tem crescido significativamente, impulsionada pela necessidade de certificações e pela busca por uma produção mais eficiente e de maior qualidade. Respondendo a essa necessidade, o Sistema Faemg Senar realizou em Varginha um curso piloto focado no Manejo Integrado de Pragas e Doenças no Café (MIP).

O treinamento foi oferecido para 13 participantes, entre produtores rurais e sucessores familiares. As aulas teóricas foram conduzidas no Centro de Excelência em Cafeicultura, enquanto as práticas ocorreram na Fazenda Experimental da Fundação Procafé. O piloto foi feito em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha.

“O curso tem uma carga horária de 24 horas, voltadas exclusivamente para a cultura do café. O objetivo é apresentar um detalhamento robusto sobre a cultura em seu manejo integrado, entregando monitores de pragas e doenças para o mercado de trabalho e ações nas propriedades rurais”, explicou o analista técnico de Formação Profissional Rural do Sistema Faemg Senar, Alexandre Martins.

Durante o treinamento, o instrutor Marcio Anis Daúd abordou quatro doenças: ferrugem, cercosporiose, mancha de phoma e mancha aureolada. Além disso, ele também focou em três pragas significativas na cultura do café: o bicho mineiro, a broca e a cigarra. Os participantes realizaram levantamentos para descobrir a densidade populacional desses agentes biológicos, facilitando a realização de avaliações críticas sobre os níveis de controle necessários.

“Temos uma demanda bastante crescente aqui na região, em grande parte devido às exigências de certificações. Um dos principais objetivos do monitoramento das culturas é alcançar a máxima eficiência na utilização dos produtos. É importante destacar que muitas das aplicações, especialmente dos produtos químicos, são desnecessárias,” revelou o instrutor.

Tesouro para o cafeicultor

“Os cursos do Sistema Faemg Senar são um tesouro à disposição do cafeicultor”. O relato é do Saulo Vilela, produtor da Fazenda Limoeiros em Três Corações, situada a 970 metros de altitude. Ele e sua esposa, Simone, ambos formados em Direito, decidiram produzir café arábica há dois anos, focando em qualidade, sustentabilidade e respeito. Eles aguardam a primeira colheita para o próximo ano.  Buscando conhecimento e aprimoramento constante na cafeicultura, Saulo e Simone frequentemente participam dos treinamentos.

“Pude aplicar o que aprendi assim que cheguei na fazenda, identificando e quantificando as pragas e doenças no cafezal. É muito importante ter a certeza do problema que está atacando a planta e, mais ainda, saber o tamanho do problema. Só assim, tomaremos a decisão correta quanto ao controle adequado, que pode ser químico, biológico, mecânico, cultural, entre outros”, expressou.

“Como esse treinamento foi especificamente direcionado para o café, a metodologia adotada permite que as conversas fluam consistentemente, todos na mesma linha de pensamento. Isso acontece porque o instrutor também discute internamente quais são as alternativas possíveis, facilitando a troca de informações entre os participantes e proporcionando um conhecimento de qualidade,” finalizou o agente de desenvolvimento rural do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha, Diego Carvalho Cauvilla.

Fonte: Sistema FAEMG SENAR