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Varginha tem melhor gestão de pandemia no Sul de Minas

Cidade registra menor letalidade e número de morte em decorrência da covid-19 por habitante.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) aponta indicadores da COVID-19 no Sul de Minas. Conforme o estudo, Alfenas é a cidade mais afetada pela pandemia. Já Poços de Caldas, registra maior número de mortes entre os infectados. Além disso, dados também mostraram que a região apresentou crescimento de 126 % dos casos, sendo que a capital do Amazonas, Manaus, que na última semana viveu um colapso na saúde, atingiu 125%.

Conforme o estudo da Unifal, Varginha aparece como a melhor gestão do vírus, sendo a menor letalidade e número de mortes por habitante. Ainda segundo a pesquisa, Alfenas tem oferecido mais risco de contágio e Poços de Caldas maior risco de óbito entre os infectados.

A pesquisa comparou o andamento do surto de casos no Sul de Minas e Manaus. O estudo conclui que, o surgimento de novos casos na cidade do Norte do país ocorreu mais pelo relaxamento das regras que previnem a disseminação do vírus.

“Desde o início de novembro, as curvas do Sul de Minas e de Manaus são muito semelhantes. Em 17 de janeiro, o Sul de Minas apresentou crescimento da média semanal de casos de 126 % e Manaus atingiu 125%. Pela semelhança das curvas, o crescimento da incidência é predominantemente reflexo das festividades de final de ano. O efeito da variante mutante sobre a incidência parece ainda não ter sido significativo”, diz trecho da pesquisa.

Conforme dados da universidade, a região tem população de 2.812.944 habitantes, sendo 29% mais populoso que Manaus (2.182.763 habitantes).

Desde o início da pandemia, o Sul de Minas conta com média diária de 228 casos da doença, já Manaus apresenta 331. “O decréscimo de casos novos pode estar ameaçado se a nova variante começar a circular com força”, ressalta o estudo.

Ainda conforme acreditam os estudiosos, em Manaus a imunidade populacional pode ter caído mais cedo devido ao contágio mais rápido da doença. “Isso, associado à duração da circulação sustentada do vírus, contribuiu para a explosão de casos e mortes, que também são fruto da falta de planejamento local e apoio federal. Situação essa que, felizmente, o Sul de Minas não apresenta”, informa.

Alerta para colapso hospitalar

A pesquisa avaliou que pela sincronização de curvas epidêmicas na região e a maior densidade demográfica, o Sul de Minas se vulnerabiliza em relação a possível colapso hospitalar.

“Manaus contabiliza 4,5% da população como casos confirmados, e o Sul de Minas 2,4%. O sul-mineiro e o estado têm maior proporção de indivíduos suscetíveis do que Manaus, disponibilizando maior população potencialmente sujeita à infecção”, diz.

Segundo dados de boletins municipais divulgados até 18 de janeiro pelas regionais de saúde de Alfenas, Passos, Pouso Alegre e Varginha mostram que, em termos de média móvel de casos, houve, respectivamente, aumento de 164%, 140%, 91% e 124%.

Seguindo o mesmo critério, mas em óbitos, a elevação foi de, 67%, 50%, 100% e 30%.

“Atualmente, se o contágio não for fortemente freado, corremos o risco de estabilizarmos a curva epidêmica no novo platô com incidência diária (casos novos por dia) maior do que no platô anterior”, aponta estudiosos.

Já considerando internações, a elevação da média móvel semanal foi de 110%, 105%, 32% e 26%, para as regionais de Alfenas, Passos, Pouso Alegre e Varginha.

“Todos esses indicadores estratégicos para a gestão imediata, portanto, estão em franca tendência de crescimento ao mesmo tempo e em todas as regionais de saúde do sul-mineiro”, afirma.

*Com informações Unifal e Estado de Minas – Foto destaque: Arquivo/CSul

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