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“O Legal Merece Um Brinde”: Abrasel e IMA lançam projeto na região sobre a importância da cachaça regularizada

Foram abordados temas como o processo de fabricação adequado, a forma de produzir até suas regras e o objetivo da fiscalização do IMA

Foto: Abrasel Sul de Minas

Na manhã desta segunda-feira (30/10), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no Sul de Minas e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), lançaram o projeto “O Legal Merece Um Brinde”, na região. A ação foi realizada no auditório do Sebrae, em Varginha, e teve como objetivo a conscientização do consumidor, produtor e comerciante sobre a importância das cachaças regularizadas.

Foram abordados temas como o processo de fabricação adequado, a forma de produzir até suas regras e o objetivo da fiscalização do IMA, que impede a comercialização de produtos e insumos agrícolas que não atendem às condições pré-estabelecidas de sanidade, conservação e embalagem, que se dão através da exigência de documentos que atestam a condição sanitária dos produtos exigidos por legislações vigentes.

Segundo o presidente da Abrasel no Sul de Minas, André Yuki, os produtos legalizados garantem a conformidade com as leis e regulamentos estabelecidos pelo governo e outras autoridades competentes, operando dentro da legalidade e seguindo as regras estabelecidas para garantir a segurança dos consumidores.

“Os clientes estão cada vez mais exigentes e buscam empresas que ofertam produtos de qualidade, de forma ética e responsável, e que possuem segurança alimentar de higiene e procedência. A última pesquisa da Abrasel, em parceria com o Sebrae, mostrou que 32,4% dos entrevistados apontaram que a limpeza e a higiene estão em primeiro entre as características consideradas mais importantes na hora de decidir pelo bar ou restaurante”, explicou André.

O coordenador regional do IMA, Marden Donizzete, explica que o projeto não visa fiscalizar o produto, mas sim retirar da clandestinidade os produtores que querem produzir um alimento de boa qualidade, como a cachaça, que é servida na mesa do consumidor. O registro do estabelecimento é obrigatório, gratuito, válido em todo o território nacional e possui validade de 10 anos.

A fiscal assistente da gerência de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do IMA e responsável pela gestão das atividades do projeto em Minas Gerais, Tatiana Pinheiro, ressalta que a conscientização da importância da venda de cachaça somente registrada em bares e restaurantes será um dos focos do projeto educativo em 2024.

“Ficamos muito felizes com a participação no evento e também com a parceria estabelecida com a Abrasel no Sul de Minas. Temos muito trabalho a ser feito em conjunto e esperamos gerar muitos frutos positivos juntos com os parceiros envolvidos em prol de melhorias no cenário da cachaça mineira”, destacou Tatiana.

O presidente da Abrasel no Sul de Minas reforça ainda que 70% da cachaça vendida pelo mercado interno sai pelos bares e restaurantes. “É de extrema importância que o setor adere à campanha, garantindo assim que os estabelecimentos vendam produtos de qualidade, seguros e que não ofereçam riscos à saúde dos nossos clientes. Além disso, convido todos os empresários a procurar dar mais valor aos nossos produtos, procurando itens regulamentados e de procedências. Assim podemos divulgar cada vez mais a nossa gastronomia mineira, apoiar o setor produtivo e fomentar o mercado”, afirmou André.

Durante o evento foi abordada ainda a importância da cachaça nos ingredientes da mixologia e da gastronomia, pois ela pode ser utilizada como ingrediente para flambar pratos, ser adicionada a molhos e utilizada como tempero em carnes ou até mesmo em sobremesas, como o brigadeiro de cachaça, entre outras receitas.

“Além de ser um patrimônio cultural do nosso estado, a cachaça é a única bebida alcoólica tipicamente brasileira e apreciada pelos consumidores. Ela é versátil e pode ser utilizada em diversos tipos de coquetéis e drinques, combinando muito bem com frutas como limão e maracujá. Não é à toa que a cachaça é a terceira bebida destilada mais vendida no mundo”, concluiu André.

O gerente regional do sistema Faemg Senar de Varginha, Caio Oliveira, esteve presente no evento e destacou que o projeto está dentro dos objetivos do sistema Faemg Senar de levar conhecimento e assistência técnica ao produtor rural.

“O Sul de Minas é uma região de referência na produção de cachaça e o mercado vem se profissionalizando cada vez mais. O produtor precisa entender da parte legal, gerencial e também da produção. Acreditamos que ao estar dentro dessa iniciativa de um trabalho conjunto e participativo com outras entidades, conseguimos oferecer o conhecimento necessário para estruturar cada vez mais a cadeia produtiva da cachaça”, reiterou Caio.

Para o analista do Sebrae Minas, Francisco Corrêa, a cadeia da cachaça vem sendo trabalhada pelo Sebrae, pois está dentro do desenvolvimento econômico do território. “Quando identificamos profissionais que querem atuar da maneira correta e legal, abrimos as portas para ajudar na gestão. Quando há uma boa intenção e gestão, dá para o negócio se tornar lucrativo, saindo da informalidade. E o Sebrae está à disposição para mostrar que isso é possível”, explicou.

Realização, parceiros e apoio: Abrasel, IMA, Secretaria de Agricultura de MG, SindBebidas MG, Cozinha Mineira Patrimônio, SEHAV, Região Encantos de Minas, Frente da Gastronomia Mineira, Faemg Senar, Sebrae e Governo do Estado de Minas Gerais.

Fonte: Ana Luísa Alves / Assessora de Imprensa da Abrasel no Sul de Minas.