São coletados os preços de 5 grupos de gastos: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação, divididos em 11 subgrupos e 44 itens que totalizam 503 preços coletados mensalmente.
Foto: Prefeitura de Varginha
Após dois meses com desaceleração e estabilidade, a inflação na cidade de Varginha, medida pelo Índice Municipal de Preços ao Consumidor (IMPC-Unis), apresentou forte elevação de 1,79% no mês de maio comparado com abril.
Em doze meses o acumulado do indicador atingiu 8,61%. O IMPC-Unis é um indicador calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e GEESUL, visando apresentar o comportamento geral dos preços na cidade de Varginha. São coletados os preços de 5 grupos de gastos: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação, divididos em 11 subgrupos e 44 itens que totalizam 503 preços coletados mensalmente.
Três grupos apresentaram elevação em seus índices específicos, sendo que a maior foi alimentação (5,73%). Os destaques de alta foram batata (87,67%), tomate (39,79%) e alho (19,84%) em virtude do período de entressafra destes produtos e da maior procura. As maiores quedas ocorreram com cebola (-16,56%), carne de frango (-7,77%) e açúcar refinado (-6,23%) cujas causas se relacionam com fatores como a intensificação de colheita, oferta aquecida e baixa demanda.
A segunda maior alta ocorreu com transporte (0,56%) em razão do aumento no etanol (1,51%) e na gasolina (1,02%). Transporte público e óleo diesel se mantiveram estáveis.
O grupo comunicação demonstrou acréscimo de 0,33%, ocasionado principalmente pela elevação nos planos básicos de telefonia móvel (0,94%).
Após a forte alta no mês anterior, o grupo habitação teve queda de -1,30%. Destaque para produtos de limpeza geral da residência com alta de 0,15% e produtos de higiene pessoal que tiveram queda de -0,89%.
O grupo educação apresentou estabilidade.
As previsões de aceleração inflacionária, destacadas no relatório anterior, se concretizaram, porém acima das nossas expectativas. A entressafra dos hortifrutigranjeiros, as elevações nos preços do arroz, leite integral e óleo de soja, bem como a alta nos combustíveis foram fatores decisivos nesta aceleração inflacionária. A alta deste mês em Varginha é a maior desde novembro de 2022.
O índice nacional (IPCA) medido pelo IBGE também apresentou aceleração atingindo 0,46% e acima das expectativas do mercado. Apesar dessa aceleração ocorrer tanto a nível local quanto nacional, o resultado do IMPC foi bem divergente em comparação com a inflação oficial brasileira. Os grupos alimentação e comunicação subiram bem mais em Varginha, já o grupo transporte teve alta semelhante comparado com o IPCA.
O nível de difusão inflacionária em Varginha, que aponta a quantidade de produtos pesquisados que apresentaram alta, foi de 37%, resultado menor que a última pesquisa (43%), porém os produtos que tiveram elevação apresentaram patamares bem altos. Para o curto prazo as nossas expectativas são de uma desaceleração inflacionária local e nacional, tendo em vista a possibilidade de intensificação da safra de inverno dos hortifrutigranjeiros e a melhora na previsão sobre o mercado do arroz no país com um levantamento mais claro das perdas ocorridas no Rio Grande do Sul, bem como uma estabilidade nos grupos comunicação e habitação. A única alta mais ampla que estamos prevendo é para os combustíveis.
Fonte: Grupo Unis
