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Carnaval deve movimentar bares e restaurantes do Sul de Minas

Pesquisa da Abrasel aponta que 77% dos estabelecimentos abrirão durante a festa e esperam aumento de faturamento de 17% em relação a 2023.

Foto: Divulgação Abrasel

Entre os dias 15 e 22 de janeiro, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) realizou uma pesquisa com empresários do setor sobre a expectativa para o Carnaval. No Sul de Minas, 77% (quase quatro em cada cinco estabelecimentos) dos bares e restaurantes abrirão durante a festividade, e destes, 49% veem a importância da data no aumento do faturamento.

De acordo com o presidente da Abrasel no Sul de Minas, André Yuki, a região conta com diversas cidades que são conhecidas por suas festividades carnavalescas animadas e tradicionais, com desfiles, blocos de rua, shows, bailes e muita animação. Já os turistas que querem fugir das grandes aglomerações populares, procuram opções tranquilas e familiares, para aproveitar as belezas naturais da região, como cachoeiras, trilhas, montanhas e o Lago de Furnas, todas com paisagens deslumbrantes.

Sobre a importância do Carnaval no faturamento, 49% dos estabelecimentos dizem que a data é extremamente/muito importante, 29% considera mais ou menos importante, 18% dizem que o impacto é pouco importante e para 4% não é importante.

Outros dados importantes sobre a pesquisa na região é que 54% tiveram lucro em dezembro, 38% ficaram em equilíbrio e somente 8% ficaram no prejuízo. Entretanto, 32% das empresas têm dívidas em atraso. Dessas, 71% devem impostos federais, 52% impostos estaduais, 43% empréstimos bancários, 28% encargos trabalhistas e previdenciários, 24% serviços públicos (água, gás e energia elétrica), 23% taxas
municipais, 14% devem a fornecedores de insumos e 15% estão com o aluguel atrasado.

Dados nacionais

Os dias de folia deverão contribuir para o lucro no setor: de acordo com 1.878 empreendedores, 81% abrirão durante os dias de festa, e dentre esses, 75% esperam faturar mais que em 2023, enquanto 20% esperam faturar o mesmo e apenas 5% esperam faturar menos. A média de aumento no faturamento esperado é de 15% em relação ao ano passado e 17% em comparação a um fim de semana normal.

A pesquisa ainda trouxe informações sobre o grau de importância que o Carnaval terá para os estabelecimentos: 33% dos estabelecimentos que vão abrir dizem que a data é extremamente importante/muito importante no faturamento. Para 24% é mais ou menos importante, para 25% é pouco importante e 18% dizem que o impacto da data não é importante.

Para o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, a expectativa positiva para o setor em função da data é reflexo do atual cenário econômico favorável no Brasil. Porém, existem outros desafios que o setor enfrenta, como a alta taxa de empresas endividadas.

“O cenário de queda da inflação e dos juros, aliado ao aumento no número de empregos, cria um ambiente propício para um Carnaval mais lucrativo para bares e restaurantes. A união desses fatores impulsiona o poder de compra dos consumidores e contribui para nos fazer acreditar em um Carnaval com crescimento de até 15% no faturamento do setor”, afirmou Solmucci.

Ainda de acordo com o presidente-executivo, o atual cenário econômico também teve influência na queda da porcentagem de estabelecimentos operando em prejuízo, o menor índice desde outubro de 2022.

“O que ainda representa um desafio para o setor são as dívidas, que seguem afetando o dia a dia de boa parte das empresas. Apesar da melhoria no faturamento, ainda há dificuldade dos empreendedores em conseguir quitar as contas atrasadas, adquiridas durante o período mais crítico da pandemia”, finalizou.

A pesquisa traz ainda informações sobre o faturamento do setor em dezembro de 2023. A taxa de estabelecimentos operando sem fazer lucro foi de 18% (menor número desde outubro de 2022), 34% ficaram em equilíbrio e 48% tiveram lucro (5% a mais em relação a novembro do mesmo ano).

Quanto ao endividamento das empresas, 40% dos estabelecimentos do setor têm contas em atraso. Dessas, 70% devem impostos federais, 45% impostos estaduais, 39% empréstimos bancários, 30% encargos trabalhistas e previdenciários, 26% serviços públicos (água, gás e energia elétrica), 23% taxas municipais, 20% devem a fornecedores de insumos e 19% estão com o aluguel atrasado.

Fonte: Ana Luísa Alves / Assessora de Imprensa da Abrasel no Sul de Minas.