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Valor da cesta básica sobe pelo quarto mês em Pouso Alegre

O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 106 horas e 41 minutos por mês para adquirir essa cesta.

Foto: Grupo Unis

Pelo quarto mês consecutivo, o Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre (ICB – Faculdade Unis Pouso Alegre) apresentou elevação. Desta vez a alta foi de 3,93% no início de fevereiro em comparação com o mesmo período de janeiro.

Os produtos que mais subiram foram batata, tomate, leite integral e arroz. As quedas mais consideráveis ocorreram com o óleo de soja e a banana. No período de 12 meses, a alta acumulada é de 3,75%. A pesquisa é feita no início de cada mês, consistindo no levantamento de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados de Pouso Alegre, tendo por base uma metodologia adaptada do DIEESE.

No início de fevereiro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Pouso Alegre é de R$684,68, correspondendo a 52,42% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS) já considerando o reajuste válido para este ano. O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 106 horas e 41 minutos por mês para adquirir essa cesta.

Entre janeiro e fevereiro, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Pouso Alegre, sete tiveram alta nos preços médios: Batata (17,41%), Tomate (16,15%), Leite integral (11,25%), Arroz (10,13%), Feijão carioquinha (7,79%), Café em pó (2,72%) e Carne bovina (0,38%). Mais uma vez o pão francês manteve seus valores médios inalterados, e cinco produtos tiveram queda nos seus preços: Óleo de soja (-6,03%), Banana (-4,12%), Farinha de trigo (-1,24%), Manteiga (-1,12%) e Açúcar refinado (-0,20%).

Essa nova alta no valor da cesta básica em Pouso Alegre converge com os resultados nacionais apontados pelo DIEESE (16 capitais tiveram elevação na última pesquisa) e também com a realidade verificada em Varginha. A extensão da entressafra de alguns produtos como os hortifrutigranjeiros e a menor oferta do arroz, leite e feijão foram determinantes para o comportamento dos preços neste início de fevereiro.

Cabe destacar o fato de que o nível de comprometimento do salário mínimo líquido com a aquisição destes produtos manteve-se acima de 50%, mesmo considerando o reajuste ocorrido neste ano. No curto prazo a dinâmica dos preços dos alimentos será muito influenciada pelo desempenho das safras e a influência dos fatores climáticos na produção e disponibilidade dos produtos.

Reiteramos mais uma vez a necessidade de políticas governamentais de incentivo à produção e para o enfrentamento dos impactos do clima na produção de alimentos.

Fonte: Grupo Unis