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Artigo de opinião: O Anoitecer na Academia Agulhas Negras

Texto escrito pelo advogado e escritor Juarez Alvarenga.

Foto: CSul

São seis horas da manhã, quando o Brasil começa acordar. Os cadetes da academia, ainda sonolentos saem da cama com entusiasmo dos bandeirantes ao penetrar nas matas virgens, para o campo de batalha.

Todos acordam com os mesmos projetos de transformar o Brasil em potencia mundial.

Aprendemos que ninguém no mundo nasce desarmado, porém tem gente que nasce mais armados do que os outros.

Isto dentro da racionalidade humana, porque fora somos todos iguais, com sentimentos iguais.

As paixões dos cadetes pela profissão exacerba qualquer desconforto. É, realmente, uma profissão de sonhos, desprendimentos e entrega total.

Lembro que poderia ter vivido está vida, porque na adolescência, sonhei em ir para Agulhas Negras e não fui.

Penso qual o tipo de oficial teria sido hoje: dedutivo, indutivo, autocrático, burocrático ou estrategista?

O exército dá oportunidade de adaptar seu talento as demandas militaristas.

A rotina dos aspirantes, são mergulhar em mar profundo e pescar conhecimentos em todos setores, que circunscreve a natureza humana.

Aprendemos a ter disciplina, lapidamos nossa racionalidade e finalmente raptamos sonhos em horizontes distantes, tornando palpável  com nosso rastreamento indutivo.

Agora, são seis horas da noite em Agulhas Negras, Mais um dia vivido, porém mais um horizonte estendido, devido nosso potencial de entrega dentro do cotidiano.

Os cadetes percebem que dentro da solidão escura da noite, os homens manusear,  com autenticidade, sua vigorosa capacidade de construir algo faraônico,  para este Brasil sofrido.

A rede globo de televisão, passa o programa “MALHAÇÃO”. Os cadetes compreendem que seus sonhos estão sendo fabricados com a fome de leão faminto, saciado pelos resplendores que vêm do céu como as estrelas.

Finalmente 22 horas,  os cadetes vão para encontro verdadeiro consigo próprio. É hora de dormir. Assiste antes o “JORNAL DAS DEZ” NA GLOBO NEWS”.

*O texto não reflete necessariamente a opinião do CSul