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Operação tem como alvo grupo investigado por estelionato em Lavras

Os suspeitos valiam-se da confiança dos clientes para obter vantagens ilícitas.

Foto: PCMG

Com foco no combate ao crime de estelionato, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na última quinta-feira (25/5), a operação Longitude, em Lavras, no Sul do estado. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva expedidos contra três suspeitos, de 18, 37 e 47.

No dia seguinte (26/5), em continuidade aos trabalhos, a Polícia Civil cumpriu outros sete mandados de busca e apreendeu 11 veículos, alguns deles de alto padrão, objetos de transações fraudulentas do grupo criminoso, os quais estavam na posse de outras pessoas.

Alguns veículos foram encontrados nas cidades de Oliveira, Bom Sucesso e Lavras. A fim de garantir êxito na operação, os policiais das cidades de Santo Antônio do Amparo, Bom Sucesso, Oliveira e Lavras auxiliaram no cumprimento das ordens judiciais.

Participaram da ação 12 policiais civis, sendo nove investigadores, dois escrivães e um delegado.

Investigações

Entre os meses de agosto de 2022 a fevereiro de 2023, em mais de 30 oportunidades distintas, teve-se conhecimento de que o proprietário de uma empresa e sua equipe de funcionários estariam cometendo crime de estelionato contra clientes que desejavam adquirir veículos 0 km. Os suspeitos valiam-se da confiança dos clientes para obter vantagens ilícitas.

Para tanto, os investigados acordavam com as vítimas a compra dos carros seminovos como valor de entrada na negociação, logo após eram cientificados que quando ocorresse o faturamento do veículo a vítima deveria quitar o valor restante.

Nesse tempo, os investigados revendiam o carro seminovo, era expedido o pedido de compra do veículo novo às concessionárias, mas o valor do veículo não era depositado às respectivas concessionárias e montadoras. Dessa forma, as vítimas além de não receberem os veículos novos, perdiam a propriedade dos veículos que possuíam.

Foram ouvidas mais de 70 vítimas, diretas e indiretas, e constatou-se que além da fraude no pagamento dos veículos o investigado também fraudava laudos médicos das vítimas a fim de que fossem obtidas isenções fiscais e tributárias na modalidade de pessoas com deficiência.

Dez inquéritos foram finalizados, relatados e encaminhados à Justiça no mês maio, juntamente com a representação cautelar visando à decretação da prisão preventiva dos investigados. Há ainda cerca de 20 inquéritos que seguem em fase final de investigação contra a organização criminosa investigada.

Fonte: PCMG