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Alta de preços da carne bovina reduz consumo no Brasil; carne de segunda tem grande variação em Varginha

Alta demanda da China, menor renda dos brasileiros devido à covid-19 e avanço da pandemia são os principais fatores para o aumento.

Redação CSul/Foto destaque: Arquivo/CSul

Após fechar 2020 com aumento de 13,9%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da carne de boi não deve cair nos primeiros meses de 2021, de acordo com especialistas. Isso porque a estiagem registrada entre junho e outubro do ano passado ainda impacta a produção de alimentos para o rebanho, como o milho

A perspectiva para 2021 é de que os preços da carne de boi continuem em alta, como resultado da oferta restrita de gado no país e forte demanda da China. Isso num cenário de menor disponibilidade de renda dos brasileiros, com desemprego recorde, avanço da pandemia e fim do auxílio emergencial.

Consumo sofre queda histórica

O consumo de carne bovina no Brasil sofreu uma queda histórica em 2020, com a elevação do preço da carne e a dificuldade de se ter renda durante a crise sanitária de covid-19. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que, no ano passado, o consumo da proteína animal foi de 29,3 quilos por habitante. O menor patamar em 25 anos, desde 1996, quando a série histórica teve início. 

O consumo de 2020, segundo os dados, representa ainda uma queda de 5% em relação a 2019, quando 30,7 quilos de carne bovina foram consumidos pelos brasileiros. Naquele ano, o patamar já havia recuado 9% em relação ao ano anterior. 

Preço da carne de segunda foi o que mais subiu

No ano passado, o preço das carnes subiu 17,97%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), bem acima da alta de 4,52% da inflação em geral.

Dos cortes bovinos analisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas o nobre filé-mignon teve queda de preço em 2020, de 6,28%. Já a picanha (17,01%), o contrafilé (12,71%) e a alcatra (5,39%) ficaram mais caros no ano passado.

As carnes de segunda, mais consumidas pela população de baixa renda, cujos rendimentos foram impulsionados pelo auxílio emergencial em 2020, foram as que mais subiram, com alta de 29,74% da costela, aumento de 27,67% do músculo e avanços de 26,79% e 20,75%, respectivamente, do cupim e do acém.

A alta das carnes nos supermercados acompanhou o aumento do preço do boi no campo.

A arroba do boi gordo fechou 2020 cotada a R$ 267,15, uma alta de 29% em relação ao final de 2019, segundo o Cepea da Esalq/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo).

Somente nos primeiros 15 dias de 2021, o preço do boi gordo já subiu 7,77%.

Situação em Varginha

Em Varginha, após pesquisa realizada pelo CSul, foi possível comparar valores de carnes bovinas em cinco açougues da cidade.

Carnes como coxão mole variam de R$ 32,00 a R$ 39,00 kg. O contrafilé tem média de R$ 38,00 a R$ 46,50. O valor da alcatra varia entre R$ 38,00 a R$ 48,50.

Brasileiro está consumindo menos carne bovina devido à alta no preço/Foto: Reprodução

Já a picanha, considerada carne de primeira, sai em média R$ 62,50 kg.

*Com informações: Portal G1; Rede Brasil Atual; BBC Brasil; Campo e Negócios

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