Nesta sexta-feira (8), uma reunião, entre representantes da CPFL Renováveis, Prefeitura de Varginha e Defesa Civil, discutirá o Plano de Contingência da Pequena Central Hidrelétrica Boa Vista 2.
O resultado do encontro poderá tranquilizar a população que reside à jusante da barragem construída no município e destinada à geração de energia elétrica.
Alguns moradores abaixo da PCH estão apreensivos, desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, e um dos motivos é a falta de informação sobre o plano. Algumas pessoas da comunidade foram procuradas e externaram sua preocupação, mas informadas sobre a matéria, não permitem a divulgação de seus nomes impressões.
O fato é confirmado pelo canoísta Ronipeterson Landim, “muita gente está sem informação e ninguém gosta de dar entrevista”, conta. Ele ainda revela seu maior questionamento, “minha preocupação realmente é porque esse plano ficou outubro, novembro, dezembro e janeiro nas prefeituras de Elói Mendes e Varginha e não foi colocado em pratica”, finaliza.
O psicólogo José Estevão dos Santos, integrante da equipe do Posto de Atendimento Social – PAS PCH Boa Vista 2 – local que atende a comunidade afetada pelo empreendimento, explica que “é compreensível à busca por informações após um evento tão trágico como o ocorrido em Brumadinho.”
O profissional ainda esclarece que “toda equipe esta a disposição da comunidade para dirimir qualquer dúvida que se apresente”, encerra.
Posicionamento CPFL Renováveis
Visando esclarecer à população, foi solicitada a CPFL Renováveis, informações como a diferença entre uma barragem construída para geração de energia elétrica, como é o caso em Varginha, para um barramento destinado a conter rejeitos de mineração parecido com o que rompeu em Brumadinho.
A empresa foi questionada ainda sobre possíveis orientações às famílias ribeirinhas e até mesmo qual seria o canal de comunicação disponível para comunidade. A empresa enviou um comunicado na última sexta-feira (1º). Confira abaixo:
“A CPFL Renováveis informa que entregou o Plano de Ação de Emergência (PAE) à Prefeitura de Varginha e que este é o principal instrumento para a Defesa Civil do município elaborar o Plano de Contingência. A companhia se mantém à disposição do município para fornecer todos os subsídios técnicos para melhor entendimento do PAE e, neste sentido, já existe reunião agendada entre a CPFL Renováveis e Prefeitura.”
O que dizem as prefeituras
A Prefeitura de Elói Mendes enviou a seguinte nota:
“Toda a documentação referente a obra da Barragem foi analisada pela Prefeitura Municipal de Varginha e aprovada para construção da barragem, assim como o Governo do Estado de Minas Gerais, assim as medidas de fiscalização da barragem compete apenas a jurisdição de Varginha. Tais ações são de responsabilidade do município onde a empresa está instalada. Os órgãos que aprovaram o seu funcionamento são responsáveis por está fiscalização, assim como a empresa que explora às águas do Rio Verde.”
Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Varginha, o atraso na elaboração do Plano Contingência se deu em virtude da reestruturação da Defesa Civil do município, mas que agora dará andamento ao projeto.