Moradores de Varginha acusam a Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais – Copasa de lançar o esgoto sem tratamento no Rio Verde, na região do bairro Centenário e no local conhecido como “Caixão”.
Pelos vídeos e fotos compartilhados nas redes sociais é possível notar uma água escura e espuma branca. De acordo com os moradores, o mau cheiro no local é muito forte.
O canoísta e ambientalista,Ronipeterson Landim Costa, pelo seu perfil no Facebook, informou que já realizou várias denúncias, mas que até o momento nada foi feito.
ACopasa informou que todo o efluente lançado no Rio Verde é tratado segundo as normas e padrões vigentes na legislação ambiental. Sobre a cor escura da água e o mau cheiro dos locais onde são lançados os efluentes, a Copasa informou que são fatores característicos do processo de tratamento biológico implantado nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) que realizado por bactérias anaeróbias. A Companhia disse ainda que a coloração e o mau cheiro não significam problemas no tratamento.
Segundo informações, 91,74% do esgoto da cidade é tratado. A porcentagem restante é de clientes que optaram por soluções alternativas de coleta de esgoto, não estando conectados às redes coletoras da Copasa.
Licença e fiscalização
De acordo com o Secretário de Meio Ambiente de Varginha, Joadilson Barra Ferreira, as licenças ambientais e fiscalizações nas questões que envolvem o tratamento de esgoto são responsabilidades da Supram – Superintendência Regional do Meio Ambiente.
O secretário ainda afirmou que por se tratar de um assunto de interesse do município, mantem contato direto com a Copasa como forma de garantir uma prestação de serviço eficiente.
Em contato com a Supram – Superintendência Regional do Meio Ambiente, foi informado que a fiscalização é realizada periodicamente pelo Núcleo de Controle Ambiental. Nestas fiscalizações são verificados o cumprimento de todas as condicionantes estabelecidas para a licenciamento ambiental.
Questionada sobre o aspecto do esgoto lançado no rio, a Supram informou que apenas pelo visual da água não é possível atestar se o nível do tratamento do esgoto está dentro dos padrões exigidos.
A Supram informou ainda que de seis em seis meses a Copasa é obrigada a apresentar laudos atestando as condições do tratamento do esgoto.
Sobre as denúncias do morador, a Polícia Ambiental de Varginha já esteve no local e solicitou à Copasa para apresentar a documentação comprovando a qualidade dos efluentes lançados no rio.
Segundo apurou o portal Varginha Online, a Copasa vem sofrendo autuações constantes pelo não cumprimento das exigências legais.




