A greve dos caminhoneiros entrou em seu quarto dia consecutivo em 25 estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Os caminhoneiros protestam contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho.
Alguns estados já estão com falta de combustível, gás de cozinha, alimentos e com transportes e aulas canceladas.
Varginha

Diante do impedimento da saída de caminhões-tanque, os combustíveis nos postos da cidade acabaram.A alta procura pelo gás de cozinha fez com que o estoque do comércio da cidade acabasse, gerando a falta para o consumidor. Em um estabelecimento, últimos botijões chegaram a custar R$ 150,00, o que causou indignação em muitos varginhenses, que opinaram nas redes sociais. Alguns locais já registraram também falta de galões de água e hortifrúti.
Na manhã desta quinta-feira, os supermercados encontravam-se lotados e de acordo com informações, os moradores, com medo do que pode vir a acontecer, estão fazendo estoque de alimentos em casa.
Também foram registradas falta de combustíveis e problemas de abastecimentos em diversas cidades da região, como Elói Mendes, Lavras, Passos, Guaxupé, São Pedro da União, Juruaia, Boa Esperança, Serrania, Machado, Carvalhópolis, Seritinga, Três Corações, Caxambu e Cruzília.
Escolas Municipais
Segundo informações da Prefeitura Municipal, as aulas nas escolas municipais de Varginha continuam normais até esta sexta-feira (25).
Escolas Estaduais
De acordo com a SRE Varginha / SEEMG (Superintendência Regional de Ensino de Varginha), aulas nas escolas estaduais do município continuam normais até esta sexta-feira (25).
Faculdades
O CSul entrou em contato com as universidades de Varginha e, algumas informaram que cancelaram as aulas devido a quantidade de ausência de alunos nas salas e problemas com transporte dos universitários que moram fora de Varginha, outras porém, funcionarão normalmente.
Em comunicado oficial, o Unis (Centro Universitário do Sul de Minas) informou que no Ensino Superior, as aulas foram suspensas nesta quinta e sexta-feira no Unis-MG, Fateps, Unis Pouso Alegre e Faculdade Victor Hugo. Na Pós-Graduação, aulas foram suspensas nesta sexta e sábado em todas as unidades (Varginha, Cataguases, Pouso Alegre e São Lourenço. Já os Colégios, tiveram aulas normalmente e somente em Varginha, as avaliações serão remarcadas. No A1 Pré Vestibular, em Varginha as aulas do turno da noite foram suspensas. No A1 Med elas aconteceram normalmente. Em Três Pontas a rotina foi normal, mas nesta sexta-feira não terá aula. Ainda de acordo com o Grupo Unis, não haverá prejuízo acadêmico para nenhum segmento. Provas, trabalhos e aulas serão repostos.
A Fadiva (Faculdade de Direito de Varginha) também comunicou o cancelamento por meio de uma nota publicada no Facebook: “A Fadiva comunica que, em razão da greve dos caminhoneiros e desabastecimento dos postos de combustível, em respeito aos alunos, suspenderá as aulas, provas e atividades nos dias 24, 25 e 26 de maio. Não haverá prejuízo para os alunos, uma vez que haverá reposição de aulas e novas datas para avalizações e atividades”.
A Faceca (Faculdade Cenecista de Varginha) informou que as aulas estão canceladas hoje, quinta-feira (24) e amanhã, sexta-feira (25).
A Unifenas (Universidade José do Rosário Vellano – Câmpus Varginha) informou que, até o momento, as aulas estão mantidas mas, qualquer posicionamento ou mudança será postada na página da universidade no Facebook.
Na Unifal (Universidade Federal de Alfenas, Campus Varginha) e no Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) as aulas estão mantidas normalmente.
Aeroporto
O CSul entrou em contato com o Aeroporto de Varginha, Major Brigadeiro Trompowsky, e com a Azul (Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A), companhia aérea responsável pelo serviço na cidade e foi informado que, até o momento, os voos previstos na cidade estão confirmados.
Rodoviária
Em contato com o Terminal Rodoviário, fomos informados que a única empresa afetada pela greve foi a ‘Santa Cruz’. De acordo com informações, linhas para as cidades de Elói Mendes, Juiz de Fora e São Lourenço sofreram cancelamentos para hoje (24). O CSul entrou em contato com a empresa Santa Cruz, mas não obteve retorno. A empresa Gardênia emitiu nota informando a redução no quadro de horários.
Autotrans
A Prefeitura de Varginha e a Autotrans, empresa responsável pelo transporte público na cidade, informaram que devido a paralisação dos caminhoneiros, que entrou no seu quarto dia, resultando na falta de combustível para abastecer a frota de veículos do Transporte Coletivo, a partir desta quinta-feira (24), as linhas 1, Linha 1A, Linha 3, Linha 4, Linha 5, Linha 8, linha 15 e linha 17, funcionaram normal até as 9h da manhã, depois, começaram a funcionar com apenas um carro cada uma, com prazo de uma hora entre cada viagem, voltando ao normal a partir das 16h.
1 Pinheiros / 1A Walita / 3 Padre Vitor/Centro / 4 Santana / 5 Barcelona / 8 Centenário / 15 A Nova Varginha / 17 Resende.
Táxis e Uber
Segundo informações, os Táxis de Varginha e os carros que rodam pelo Uber não foram prejudicados até o momento.
Segurança Pública / Urgência e Emergência
A falta de combustível nos postos de Varginha não deve afetar de imediato os serviços de segurança pública e os de urgência e emergência. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros possuem central de abastecimento próprio, assim, as frotas estão sendo abastecidas normalmente.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não possui abastecimento próprio, mas de acordo com a assessoria de comunicação, as ambulâncias estão operando normalmente sem risco.
Segundo a Polícia Militar, o trabalho operacional está sendo realizado normalmente e o estoque de combustível deve durar pelo menos 15 dias.
No Corpo de Bombeiros, a maioria da frota é movida a diesel e o estoque deve durar por volta de 12 dias. Nenhum atendimento de urgência e emergência será interrompido.
Outros serviços como o de limpeza urbana também não foram afetados. A Prefeitura de Varginha também possui abastecimento próprio. De acordo com a assessoria de comunicação, o estoque deve ser o suficiente até o final de semana.
Correios
A assessoria de imprensa do Correios em Minas Gerais anunciou desde terça-feira (22) que as encomendas estão sendo afetadas pela paralisação nacional dos caminhoneiros iniciada nesta segunda-feira (21).
A empresa disse que as postagens com dia e hora marcados, como o Sedex 10, Sedex 12 e Hoje, estão temporariamente suspensas. O prazo de entrega dos Sedex e PAC vão sofrer atrasos, segundo os Correios.
Produção e distribuição de alimentos
As Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) ainda não possui dados oficiais sobre o eventual impacto da paralisação abastecimento de alimentos. Já a Associação Comercial da Ceasa afirmou que há problemas no fornecimento de vários produtos no local.
Associação Brasileira dos Caminhoneiros
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) afirmou nesta quinta-feira (24) que as paralisações e protestos que acontecem pelas estradas do país Brasil serão suspensos se o governo retirar a PIS/Cofins e a Cide incidentes sobre os combustíveis e a medida entrar oficialmente em vigor.
Michel Temer
Antes de viajar para Porto Real (RJ) e Belo Horizonte (MG), o presidente Michel Temer coordena hoje (24), com início as 8h45, no Palácio do Planalto, reunião para discutir o impasse em torno dos preços dos combustíveis. A conversa ocorre no dia seguinte ao anúncio da Petrobras de redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias.