Com informações da TV Alterosa / Fonte: Câmara Municipal de Varginha / Foto: Câmara Municipal de Varginha
Por unanimidade dos vereadores presentes, a Câmara Municipal de Varginha decidiu instaurar um processo administrativo disciplinar para apurar a denúncia recebida pelo senhor Carlos Roberto Rodrigues, contra o vereador Zué do Esporte. Não votaram o vereador denunciado e o vereador Pastor Fausto, que estava ausente.
A votação foi realizada durante sessão ordinária, na última segunda-feira (08), após ter sido lida a denúncia e o parecer Jurídico da Câmara.
Depois da leitura dos documentos e manifestações dos vereadores Marquinho da Cooperativa, Delegado Celso Ávila, Carlos Costa, Cláudio Abreu, Zacarias Piva, Leonardo Ciacci, Dr. Fernando Guedes, Dr. Alencar Faleiros, Buiú do Ônibus, Joãozinho Enfermeiro, Dudu Ottoni e o próprio Zué do Esporte, que solicitou a investigação, os vereadores decidiram dar sequência ao processo e agora montar uma comissão que irá apurar as informações contidas na denúncia. Não se manifestaram, mas também votaram a favor da investigação, os vereadores: Carlucio Mecânico e Zilda Silva.
Essa comissão é composta por no mínimo três membros, que serão sorteados na próxima reunião, quarta-feira (10). É preciso que haja a proporcionalidade dos partidos existentes na Câmara de Varginha para compor a comissão.
Denúncia
A Polícia Civil de Varginha finalizou no último mês o inquérito que investiga o vereador Zué do Esporte (Podemos) por suspeita de compra de diploma de Educador Físico de uma Universidade da Bahia. A informação foi revelada por uma reportagem do programa Alterosa em Alerta na última quarta-feira (3).
Segundo a reportagem, as investigações começaram após a polícia receber a denúncia. E que durante as investigações, a polícia descobriu que em 2015, o vereador de posse do diploma, teria tentado se inscrever no Conselho Regional de Educação Física – CREF, órgão que regulamenta a atividade de educador físico.
Segundo o CREF, o registro do vereador foi negado, pois ao verificar junto ao MEC o nome da instituição, descobriu-se que a instituição não existia. Outro dado que chamou a atenção, foi o histórico escolar apresentado pelo vereador. O documento trazia a informação de que o vereador teria sido aprovado em todas as matérias no curso de Bacharel à distância de Administração, ao invés de Educador Físico.
A reportagem traz ainda outra prova apresentada pela polícia. São prints de conversa onde o vereador usa sua conta nas redes sociais para buscar informações de como adquirir o diploma. Além desta prova, a perícia grafotécnica apontou que a assinatura do vereador realizada na delegacia é a mesma que está no documento apresentado ao Conselho Regional de Educação Física – CREF requerendo o seu cadastro.
O suplente de Zué, Carlos Roberto Rodrigues, pediu uma cópia do laudo pericial para abrir um processo por quebra de decoro.
Segundo a Polícia Civil, o inquérito foi enviado para o Ministério Público que irá analisar se apresenta a denúncia contra o vereador. O vereador foi indiciado por uso de documento falso e se for condenado, pode pegar de 2 a 6 anos pelo crime.