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Artigo de Opinião de Juarez Alvarenga: Minhas teorias são confirmadas pelas urnas

Texto desenvolvido pelo advogado e escritor Juarez Alvarenga.

Foto: CSul

O comodismo social torna a engenharia política repetitiva. A sociedade, até então, parecia, um fato consumado em classes estanques e imutáveis. A estrutura do poder delineava em perfil retumbante e personificado. Em analises sociológicas intuitivas, percebemos um novo e embrionário fenômeno social, a ascensão gradativa, serena e quase imperceptível da burguesia comercial e outros setores similares. Hoje, estas classes despontam do anonimato, para evidencia social. E será sem dúvida, as vedetes deste inicio de século.

            Neste período transacional, cuja fertilidade social nasce com consistência de uma nova classe e enterra, quinhentos anos, de predomínio da oligarquia rural, encontramos na entressafra de estrutura arcaica para uma estrutura moderna.

            Os comerciantes burgueses têm que conscientizarem, que a única coisa que acontece da noite para o dia, é o sono, e isto dá em um processo gradativo, que teve inicio no começo deste século. Isto se deve a decadência paulatina, mas sempre evolutiva, da oligarquia rural.

            Existe um vácuo do poder. De um lado, a deterioração da aristocracia rural, de outro, a classe emergente dos comerciantes e outros setores.

            Com a degeneração profunda da oligarquia, e a ebulição termométrica dos comerciantes, o poder passa a ter novo perfil, apesar de manter a mesma ideologia. Não queremos criar rivalidades, apenas dizer que a mobilidade social é bastante interessante. Alternâncias criam perspectivas novas e geram sensações também novas. Vendo seu trabalho gerar frutos, se empolgam e prosperam. O status social camuflado pelo brilho da oligarquia rural perde vitalidade reacendendo, com toda potencialidade, a luz clarividente dos novos burgueses.  SUBMETENDO AOS FATOS NÃO EXISTE MAIS O STATUS POR NASCIMENTO, O STATUS ATUAL É UMA CONQUISTA E NÃO UMA DÁDIVA, ANTIGAMENTE O HOMEM ERA SOMBRA DE SEUS ANCESTRAIS, HOJE, É PRODUTO DE SUAS CONQUISTAS PERSONIFICADAS. A vida humana é de luta, sofrimento e também vitorias. Como estavam, sem alternâncias classistas, caiam nas frustrações e nas armadilhas existenciais. Os velhos comerciantes podem sustentar que suas lutas não foram em vão. Plantaram para gerações futuras. Acreditar nas alternâncias é flexibilizar o poder e se conscientizarem que o homem deve e pode construir seu destino mudando sua trajetória, desde que trabalhe e não seja extremamente céptico.

            O status de berço não tem mais sentido e razão de ser. Hoje, o homem é produto da sua luta e não repousa mais, no passado de seus ancestrais. A ebulição humana contaminou e enterrou o status de nascimento.

            Quando a oligarquia rural, hoje existe exceção, ou seja, a mesma não é absolutamente poderosa, pois aqueles que não empobreceram, que é uma raridade, ainda conservam resquícios de poder. Não é a classe que é poderosa são raríssimos indivíduos isolados pertencentes à classe.

            O Brasil de alternância é um Brasil de futuro. A vida não é um fato consumado como parecia no passado é hoje uma historia aberta onde escrevemos nosso enredo. E ESTA CONQUISTA QUE PRECISA DE AFIRMAÇÃO DA BURGUESIA COMERCIAL, SERÁ SEM DUVIDAS, O FENÔNEMO SOCIOLOGICO DESTE NOVO MILENIO.

            Houve nestas eleições raríssimas vitorias pontual da oligarquia rural e não sistemática e de lavada como antigamente. Por isto não descredencia a veracidade de minhas teorias. Mesmo assim o segundo colocado ficou bem próximo do primeiro. Quando a perda da generosidade comportamental da sociedade em relação à aristocracia rural minhas teorias é de validade absoluta. Para fidelidade de minhas teses é importante ressaltar que a aristocracia rural deixou de ser protagonista principal do quadro eleitoral e passou a ser coadjuvante do processo. Não é mudança de ciclo e sim sacramentação de seu fim de poder que começou com o descobrimento do Brasil nas capitanias hereditárias e perdurou até hoje.

            Com fim deste artigo concluímos que quase plenamente é explicito este novo comportamento da sociedade. Privilegiando os novos vencedores e penalizando os antigos. PARECE, QUE FELIZMENTE, A SELETIVIDADE NATURAL VENCEU A TRADIÇÃO REAL.

            Alguns resultados isolados dando vitória da aristocracia rural é contingencia natural das mutabilidades do presente.

            A generosidade social da sociedade foi totalmente desfeita e alguns membros da aristocracia rural pode até alcançar o poder novamente. Mas terá que reposicionar na fila. Ficando em pé de igualdade com os demais e não extremamente na frente como no passado. Pois a vida moderna não tem donos como antigamente, mas conquistadores.

            O mundo está na quinta onda. Coqueiral agora que começa sair da primeira que foi a da terra. Acredito que  com as pessoas de vanguarda da localidade podemos acertar o passo desenvolvimentista com os ares da modernidade rapidamente e não quase eternizar num ciclo que durou quinhentos anos.

*O texto não necessariamente reflete o posicionamento do CSul.