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Texto desenvolvido pelo advogado e escritor Juarez Alvarenga.

Foto: CSul

O interior humano é uma montanha ou um abismo.

Este reservatório abismal, congrega no seu fundo, substancia venenosa que ataca, com seu potencial, o nosso próprio psíquico.

Os problemas humanos encontrados no seu habitat natural, nas profundezas dos abismos existenciais, fixa firmemente como a erva daninha no solo fértil.

Morar no abismo perenemente poderá tirar do caminho, a mais alta pérola existencial, que é a felicidade.

O que se questiona, é se o abismo fora cavado pelo próprio homem, ou, se é conjectura do destino.

Por outro lado, temos as montanhas. Escalar e chegar ao topo, é a utopia da humanidade moderna.

Apreciar as águias voando, no alto do topo em alturas imensuráveis é ter o prazer de ser batizado pelo sol rotineiro, instrumento infalível de construção de coisas concretas.

No topo da montanha, apesar dos perigos, nos vislumbramos sensações leves e sentimos que a vida é uma loteria e não um martírio.

Sentir como os moradores de São Paulo, no transito em dia de tempestades torrenciais é o interior labiríntico, sem saída, é o que sente o homem moderno.

Arquitetar nosso caos íntimo, com fluxo contagiante, impulsionado pela alegria de viver, só é possível se tivermos no pico da montanha.

Ser prisioneiro perpetuo do abismo, é pecar pela vida, tornando agnóstico no confronto do homem, com sua própria imagem, fazendo compreender que a existência humana, deve ser vivida com entusiasmo e não suportada.

Este labirinto, que é nosso próprio interior, muitas vezes sem saída, alagando nosso potencial de administrar com inteligência nossa vida, nos faz, constantemente, afogar nossa alma nas profundezas das desgraças.

Só conseguiremos ser turista feliz, se nosso guia existencial nos acordar, para apreciar o resplandecer do sol das manhãs sob o mar manso, fazendo remar, com nossas próprias forças, até chegar no porto de nosso aconchego psicológico.

*O texto não necessariamente reflete o posicionamento do CSul.