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Artigo de Juarez Alvarenga: A vida é um brinquedo

Texto desenvolvido pelo advogado e escritor Juarez Alvarenga.

Foto: CSul

O agrado humano vem de várias formas. Quando criança, aprendemos a desarmar os adultos com nossa inocência. E elas são desarmadas gratuitamente ou com manifestações de distrações.

Ao atingir a idade adulta nossa racionalidade nos recrudesce. Se brincamos com a vida na infância, na maturidade a vida brinca com nós. Somos peritos em fechar a nobre alegria de entrar. Nossos sorrisos são contidos. E a felicidade parece uma mágoa cercada por um dique resistente.

Aquele brinquedo abandonado e estragado pelo tempo pode ser recuperado. Basta trocar nossa rotina repetitiva por novidades inventadas pela magia extasiante de uma consciência de valorização da vida.

Deixar no canto de um quarto é perder a oportunidade de fazer da existência um laboratório saudável. Cabe a nós sermos profissionais eficientes para recuperar na maturidade a intensidade da maravilha de viver. Espantar a infelicidade cercada de freios dramáticos. Fazer fluir naturalmente, com o sepultamento de mananciais retidos de impurezas psicológicas capaz de conter que as águas cristalinas rompa o medo de ser feliz.

Se ganhamos de presente a vida e se somos donos deste processo devemos ser protagonistas de uma história feliz.

Compreender que da existência podemos filtrar os desencantos transformando em saudáveis pensamentos positivos.

Brincar com a vida como se fosse um eterno brinquedo novo nos proporciona felicidade vitalícia. Abandonar a ermo o desprazer de viver faz nos recuperar que na idade madura é possível consertar qualquer brinquedo envelhecido pelo sintoma do ceticismo.

Hoje me coloco como criança na descoberta do prazer de brincar.

Sinto a intensidade de manejar o brinquedo com a destreza de um menino feliz.

Não cobro nada da vida e neste parque existencial coloco a felicidade bem próximo do alvo na certeza de que a flecha está sobre meu comando.

Ter a vida ao nosso alcance nos trás para o presente aquele brinquedo que manobramos no passado. E fazer dele um prazer continuado nos recupera a alegria de quem é um eterno perito em consertar brinquedos estragados abandonados pela existência.

*O texto não necessariamente reflete o posicionamento do CSul.