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8º dia de paralisação: Aulas canceladas, redução nas linhas de ônibus e coleta de lixo e suspensão de internações e cirurgias

Uma Missa foi celebrada na Walita neste domingo pela Paróquia do Santana

Nesta segunda-feira (28), pelo 8º dia consecutivo, aconteceu a greve dos caminhoneiros em 25 estados e o Distrito Federal. Os atos deram continuidade à mobilização contra a disparada do preço do diesel, que faz parte da política de preços da Petrobras em vigor desde julho de 2017.

Em Varginha, a greve mudou totalmente a cidade. Faculdades, escolas municipais e estaduais cancelaram suas aulas, o transporte público foi reduzido e têm horários especiais, os mercados já não possuem grandes estoques, entre outras complicações.

Hospital Regional

Uma das principais mudanças anunciadas durante o fim de semana foi a suspensão de internações e cirurgias eletivas no Hospital Regional o Sul de Minas. O objetivo é manter os atendimentos de urgência e emergência.

Segundo a direção do hospital, a unidade sofre com falta de medicamentos e insumos importantes nos atendimentos. A medida também veio após um alerta da Hemominas sobre a necessidade de limitar o uso de bolsas de sangue.

Escolas municipais

Segundo informações da Secretária de Educação, Rosana Aparecida Carvalho, não haverá aula nas escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil – CEMEI’snesta terça-feira (29) e quarta-feira (30).

Havendo o retorno no abastecimento durante esse período, as aulas retornarão normalmente na segunda-feira (4).

Escolas estaduais

De acordo com a Superintendência Regional de Ensino de Varginha, as aulas nas escolas estaduais …

Escolas particulares

Em contato com as escolas particulares de Varginha, o CSul foi informado que os colégios Alpha e Santos Anjos cancelaram suas aulas e só voltarão na próxima segunda-feira.

Já os colégiosCenecista Catanduvas, Marista, Batista e Logos irão emitir novo comunicado nesta terça-feira.

Faculdades

A rotina acadêmica do Grupo Unis sofrerá modificações. Todas as Unidades de Ensino Superior (Unis MG, Fateps, FIC, Unis Pouso Alegre, FIC, Faculdade Victor Hugo),Pós-Graduação e A1 Pré Vestibular não terão aulas nesta terça e quarta-feira. Caso haja regularização no abastecimento, a rotina volta ao normal na segunda-feira. Não haverá prejuízo acadêmico para nenhum segmento. Provas, trabalhos e aulas serão repostos.

A Faculdade de Direito de Varginha – Fadiva, a Universidade Federal de Alfenas – Unifal e a Universidade José do Rosário Vellano–Unifenas também suspenderam suas aulas nesta semana.

Já o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Cefet informou que as aulas foram suspensas nesta segunda-feira e um novo comunicado referente às atividades de aulas será emitido nesta terça-feira, às 16 horas.A Faculdade Cenecista de Varginha –Faceca suspendeu suas aulas e também irá emitir novo comunicado para as aulas durante a semana.

FUVAE

A Fundação Varginhense de Assistência aos Excepcionais – FUVAE informou que suspenderá as aulas nesta semana, retornando somente na próxima segunda-feira. A Missa de Coroação de Nossa Senhora, na Igreja Matriz, também foi cancelada.

Coleta de Lixo e Seletiva

Por decisão do prefeito Antônio Silva, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente, as coletas de Lixo e Seletiva passam pelos bairros apenas duas vezes por semana.

Nos locais onde as coletas aconteciam as segundas, quartas e sextas-feiras, elas passam a ocorrer somente as segundas e sextas-feiras, no mesmo horário.

Nos bairros onde as coletas passavam as terças, quintas e sábados, as coletas passamas terças e sábado.

Na área central, onde a coleta ocorre todos os dias, ela passa a ocorrer as segundas, terças, sextas e sábados.

Aos domingos os caminhões passam pelo centro das 6h às 12h. Portanto, não há coleta de lixo na área central as quartas e quintas-feiras. Pede-se aos comerciantes que não depositem lixo nas calçadas nestes dias.

Na zona rural, a coleta, que era realizada duas vezes por semana, passa a ser uma vez por semana.

Na indústria não há coleta aos domingos, somente as segundas, terças e sábados.

Autotrans

Foto: Guilherme Campos

A Prefeitura de Varginha e a Autotrans, empresa responsável pelo transporte coletivo no município, informaram que somente seis linhas operam na cidade, todas com apenas um ônibus circulando. Conforme for acabando os combustíveis, os veículos serão recolhidos.

  • 2 (Imaculada/São Geraldo);
  • 14A (Damasco/Bom pastor);
  • 19 (Imaculada/Cidade Nova);
  • 22 (Carvalhos/Centro);
  • 9 (MontSerrat/Rodoviária);
  • 8 (Centenário/Centro/Rodoviária).

Abatedouro

Segundo informações do Abatedouro Municipal, os últimos animais abatidos na cidade foram na última quarta-feira (23). Desde então, o serviço continua suspenso.

Mercado do produtor

Foto: Blog do Madeira

Neste domingo (27), poucos feirantes foram até o Mercado do produtor de Varginha. Havia poucos alimentos e algumas barracas não abriram. As pastelarias, em contrapartida, continuaram lotadas. Somente os feirantes que produzem hortifrútis na cidade montaram suas barracas.

Aeroporto

Os voos desta segunda-feira foram cancelados e os de quarta-feira ainda estão mantidos, mas qualquer comunicado será anunciado nesta terça-feira.

Moinho Sul Mineiro

Nesta segunda-feira, o Moinho Sul Mineiro comunicou ao CSul que está trabalhando com sua operação reduzida. “O abastecimento/entrega de produtos para clientes está suspenso, inclusive na cidade de Varginha.Em apoio aos seus funcionários, entendendo a dificuldade de deslocamento, e também pela baixa demanda, está flexibilizando a jornada de trabalho.O Moinho Sul Mineiro retornará às suas atividades assim que a situação for normalizada em todo o Estado”, comunicou a empresa em nota.

 Cissul/Samu

No último sábado (26), uma negociação entre o Consórcio Intermunicipal de Saúde no Sul de Minas (Cissul) doServiço de Atendimento Móvel de Urgência –Samu, com os caminhoneiros, conseguiu liberar cinco mil litros de gasolina para o setor de saúde, em Varginha.

A carreta que estava com o combustível parada desde o início da última semana, na paralisação da BR-491 e o uso foi liberado apenas para veículos de profissionais da saúde, segurança pública e do Samu.

Motoristas que pararam no local foram orientados sobre o destino da carga para o setor de saúde e a operação para descarregar a gasolina em um posto foi acompanhada pela Polícia Militar, por segurança.

Foto: Grupo Varginha 24 Horas

O veículo foi levado ao pátio do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DEER) e os motoristas autorizados foram abastecer. Também foi autorizado o abastecimento de um carro e uma ambulância do Hospital Regional.Cada profissional comprou até 30 litros de gasolina.

“Vários profissionais moram em Alfenas, Pouso Alegre, Três Corações e Lavras. Eles estavam encontrando dificuldade pra chegar aqui pra trabalhar nas unidades”, explicou o secretário executivo do Cissul/Samu, Jeovane Ernesto Constantini.

O acordo foi feito pelo próprio secretário com os caminhoneiros.

O consórcio atende 152 municípios do Sul de Minas, recebe cerca de 1,1 mil ligações e realiza 170 atendimento diários com apoio de 35 bases instaladas no Sul e no Sudoeste de Minas.

Bares e restaurantes

O Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação de Varginha – SEHAV informou que bares e restaurante de Varginha e região já sentem o impacto da paralização. Segundo o sindicato, na região está faltando itens como ovo, abacaxi, maçã, cebola, morango, mamão, manga, maracujá, melancia, melão, laranja, farinha de trigo e tomate, e outros produtos como a batata e cenoura tiveram aumento de mais de 100%.

Com a falta de abastecimento de insumos, podem faltar produtos nos cardápios das grandes redes de fastfood como o McDonald’s, Burger King e Subway. Alguns restaurantes orientais terão a falta de peixe fresco no cardápio a partir desta semana e restaurantes de self-service por quilo poderão fechar por falta de produtos, além do aumento de preços nos insumos.

Além dos alimentos, podem faltar chopp e cerveja nos estabelecimentos. Segundo o SEHAV, o Centro de Distribuição Direta – CDD da Ambev em Varginha está desabastecido e sem previsão para entrega.

Outro problema apontado pelo sindicato é a falta de gás de cozinha e combustível que pode causar a paralização do transporte público. “Sem transporte público não tem como os funcionários vir ao trabalho e sem gás não tem como cozinhar”, diz André Yuki, presidente do SEHAV.

Ainda segundo o sindicato, houve uma queda de até 50% no movimento de alguns bares e restaurantes no último final de semana.A falta de insumos e de combustível devem comprometer os serviços de delivery.

Redação CSul – Ana Luísa Alves / Foto: Guilherme Campos

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