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35º Congresso Nacional Abrasel: Regional Sul de Minas participa do principal evento do setor em Brasília

Este ano, o tema foi “Na era digital, o ser humano”.

Foto: Abrasel Sul de Minas

Nos dias 16 e 17 de agosto, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), realizou o 35º Congresso Nacional Abrasel em Brasília (DF) e o Mesa Ao Vivo Brasília, que foi transmitido de forma online. Este ano, o tema foi “Na era digital, o ser humano”, com o objetivo de debater os desafios do empreendedorismo, em uma imersão com os principais líderes empresariais e da gastronomia no Brasil, gerando inteligência para apoiar os empresários e seus negócios.

O presidente da Abrasel Sul de Minas, André Yuki e sua diretora executiva, Ana Luísa Alves, estiveram presentes em Brasília. Para André, o Congresso Nacional da Abrasel é de extrema importância para o setor de Alimentação Fora do Lar, pois reuniu as principais lideranças, representantes, empresários, gestores e profissionais do setor para discutir as tendências, desafios e oportunidades do mercado.

“Uma das principais importâncias desse congresso é a oportunidade de relacionar, propor demandas, levar informações e posicionar em defesa do setor com o poder público. Durante o evento foi possível interagir com deputados federais, inclusive com os de Minas Gerais: Paulo Aihara, Eros Biondini e Domingos Sávio. Atualizamos os deputados sobre o cenário do setor AFL, hospitalidade e turismo, principalmente da região sul mineira”, explicou André.

Ainda de acordo com o presidente da Abrasel Sul de Minas, foram levantadas informações sobre a gastronomia, destinos turísticos, logística, marketing e capacitação de mão de obra, que são demandas do mercado e que mantém Minas Gerais mais competitiva, ajudando a elevar o nível de qualidade dos serviços e produtos oferecidos, melhorando a imagem do setor e impulsionando o crescimento econômico do segmento. “Por fim, o Congresso promove a representatividade do setor e diálogo com o poder público federal, facilitando por um país mais simples de se empreender e melhor para se viver”, concluiu André.

O presidente da Abrasel em Minas Gerais, Oswaldo Miranda Junior, ressaltou que foram dias de muito aprendizado com as palestras. “Aproveitamos também para reunir todo o Conselho da Abrasel Nacional, momento em que trocamos experiência e conhecimentos. Além da solenidade de abertura, que contou com a presença de inúmeras autoridades, o que demonstra cada vez mais a importância e força da nossa Abrasel”, ressaltou.

Para a conselheira da Abrasel em Minas Gerais, Karla Rocha, o congresso mostrou claramente a força da instituição e a responsabilidade de cada dia mais defender o setor de AFL.

Sobre o Congresso Nacional
O Congresso foi gratuito e contou com três etapas, sendo o Fórum (palestras, painéis e debates com os principais líderes empresariais e da gastronomia do país), a Mesa Ao Vivo (aulas-show com grandes chefes da gastronomia, que ensinaram de forma simples e rápida, técnicas e receitas, além de dividir suas histórias de sucesso) e a Vitrine Abrasel (grandes marcas de empresas fornecedoras de produtos e serviços apresentaram oportunidades para o crescimento dos negócios, conectando os empresários ao mercado).

Foram mais de 40 horas de aulas e palestras exibidas, mais de 80 palestrantes e chefs e diversos expositores. Segundo o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, o Congresso trouxe um time de palestrantes de peso para compartilhar conhecimento sobre como as empresas podem se conectar genuinamente com os clientes e construir relacionamentos sólidos em um mundo cada vez mais digitalizado.

“É preciso entender cada vez mais que por trás de cada transação comercial, existem pessoas reais com necessidades, desejos e emoções. Em vez de focar apenas em métricas e análises de dados, há de se ter também uma abordagem centrada no ser humano, onde empatia e a compreensão dos clientes são fundamentais”, completou Solmucci.

Bares e restaurantes: essenciais na cadeia produtiva
Na noite da terça-feira (15), foi realizada a solenidade de abertura do Congresso. A mesa contou com o vice-presidente da república e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin; o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo; o senador e presidente da Frente Parlamentar do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS), Efraim Filho; a cofundadora e presidente do Conselho do Movimento Pacto Contra a Fome, Geyze Diniz; o presidente da UNECS, João Galassi; o presidente da Embratur, Marcelo Freixo; o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci; o presidente do Conselho de Administração Nacional da Abrasel, Paulo Nonaka e a líder do Conselho Nacional da Abrasel, Rosane Oliveira.

Durante a solenidade, Paulo Solmucci reiterou o pedido ao Senado para que se mantenha no texto da Proposta de Emenda à Constituição, que trata da reforma tributária no Congresso, um tratamento diferenciado aos bares e restaurantes, com uma alíquota favorecida às empresas do setor que estão no regime de lucro real ou de lucro presumido.

“Somos essenciais na economia brasileira: o setor que alimenta o país, que mais cria e gera empregos e o que mais abriga empreendedores. São sete milhões entre trabalhadores e empreendedores. Ao Senado, cabe esse importante reconhecimento, já aprovado pela Câmara dos Deputados. Precisamos dessa atenção para continuar gerando valor para a sociedade”, afirmou.

Efraim Filho reiterou as palavras de Solmucci ao ressaltar a necessidade da mudança do modelo tributário brasileiro. “Precisamos lutar por uma carga tributária mais justa. Apesar do grande manicômio tributário em que vivemos, os donos de bares e restaurantes, o pequeno empreendedor, são heróis da resistência, sobreviventes desse modelo. Por isso é preciso ter coragem, ter ousadia de dar um passo adiante, de mudar uma cultura para facilitar a vida de quem empreende e de quem produz”, disse.

Geraldo Alckmin destacou o modelo europeu como exemplo, com um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), mas várias alíquotas diferentes. “Não precisamos de uma só alíquota, há especificidades. Então é preciso sim reduzir o número de impostos. Eu diria que depois da reforma tributária, cujo objetivo é simplificar, desonerar completamente investimento, desonerar completamente exportação, o segundo ponto deve ser desonerar a folha”, ressaltou.

De acordo com Alckmin, o BNDES desembolsará mais de R$ 40 bilhões este ano para micro e pequenas empresas, inclusive do setor de bares e restaurantes, que sofreu muito com a pandemia. “Recursos para capital de maneiro e investimentos, que ajudarão nossos empresários a saírem mais fortes da crise”, afirmou.

Já Veneziano Vital reforçou o forte apoio pessoal dele e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco à reforma tributária com alíquota especial ao setor de alimentação fora do lar. “Vamos chegar a esse bom termo na construção de uma reforma tributária que tenha de fato a simplificação, a desburocratização, mas ter também os cuidados para não cometermos quaisquer desatinos”, afirmou.

Vital disse ainda que não adianta que o Senado faça a reforma, mas mal feita. “Não vamos estabelecer datas, se será amanhã ou depois de amanhã. Vai ser esse ano, mas vai ser com as cautelas devidas para que nós possamos produzir um contexto ainda melhor, aperfeiçoando, porque essa é a tarefa das duas Casas, tratando sobre uma proposta de emenda à Constituição, onde temos que consensualizar aquilo que é produzido por uma e aquilo que é produzido pela outra Casa”, resumiu.

Geyze Diniz, falou sobre o Pacto Contra a Fome, um movimento suprapartidário e multissetorial que tem como propósito contribuir no combate à fome e na redução do desperdício de alimentos no Brasil. “Temos como visão chegar em 2030 sem nenhuma pessoa com fome no país e, em 2040, com toda a nossa população bem alimentada. Afinal, o acesso à alimentação é um direito constitucional. Hoje, nós somos 33 milhões de brasileiros numa situação que chamam de segurança alimentar grave. É aquela pessoa que não tem o que comer hoje e nem sabe se vai comer amanhã. A gente produz 160 milhões de toneladas por ano, e a gente desperdiça 55. Então existe uma incoerência que no mínimo é imoral a gente aceitar isso”, completou.

Fonte: Abrasel Sul de Minas