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Excesso de chuvas deverá aumentar produção de café no Sul de Minas

Em entrevista ao CSul, o agrônomo Lucas Resende Bernardes falou sobre como o fenômeno afeta as lavouras cafeeiras. Volume das chuvas poderá garantir um desenvolvimento satisfatório.

Redação CSul: Franciele Brígida / Foto destaque: Tony Oliveira

Minas Gerais tem vivido dias atípicos em relação ao volume de chuvas. Desde dezembro, os mineiros têm tido poucos dias sem o fenômeno. No último mês, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), divulgou levantamento que apontava as perdas no setor agropecuário do Estado, causadas pelas chuvas nos meses de dezembro e janeiro.

Conforme o balanço divulgado à época, 119 mil hectares de lavouras perdidos. Sendo a maior parte do prejuízo voltada à produção de grãos (74,5 mil hectares) e hortaliças (3,4 mil hectares).

De acordo a Emater-MG, 127 mil produtores sofreram algum tipo de impacto na atividade por causa das chuvas. Na ocasião, o levantamento também indicou que, 416 municípios relataram perdas no campo durante o período chuvoso, o que corresponde a 48,7% do total de Minas Gerais.

Agrônomo explica que chuvas devem favorecer produção de café na região

Devido ao fluxo constante das chuvas, a dúvida cai sob as lavouras. Em Minas Gerais, o café é cultivado em 451 municípios em uma área de 1,3 milhão de hectares. Em entrevista ao CSul, o agrônomo Lucas Resende Bernardes falou sobre como o fenômeno que afeta as lavouras cafeeiras. “Estamos vivendo um cenário atípico em relação as chuvas. Encerramos o último mês com aproximadamente 450mm e, agora, em fevereiro, já estamos registrando quase 300mm”, disse.

De acordo com o agrônomo, as chuvas estão bem acima da média o que resulta em bons e maus resultados para os cafeicultores. “Este é um ano de safras baixas, devido às chuvas excessivas os agricultores poderão faturar cerca de 10% a mais”.

Lucas explica que o volume das chuvas poderá garantir um desenvolvimento satisfatório, considerando que, os grãos começaram a granar e dependem de uma quantidade alta de chuva.

Porém, ainda conforme o agrônomo, mesmo com a maior faturação, cafeicultores encontram dificuldades na manutenção das lavouras. “Com o excesso das chuvas, o mato acaba se proliferando mais rapidamente”.

Conforme Lucas, os produtores ainda têm encontrado dificuldades em realizar a pulverização, método que garante a nutrição foliar para as plantas e protege a lavoura contra pragas, doenças e insetos. “Por conta do volume das chuvas, produtores estão tendo dificuldade em realizar os cuidados necessários, com isso, as lavouras ficam expostas a doenças, como a ferrugem que, compromete não somente a safra atual, mas também a seguinte”.