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Exposição no museu em Poços de Caldas homenageia os 50 anos de história da saci-pô

A exposição, que fica em cartaz na Sala de Exposições Temporárias Nini Mourão até o dia 28 de fevereiro, tem como objetivo valorizar a trajetória do Carnaval na cidade, resgatar a tradição da escola de samba e apresentar o tema para novos públicos.

Foto: Prefeitura de Poços de Caldas

Fevereiro é o mês do Carnaval e, pensando nisso, o Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas apresenta a exposição Saci-Pô: 50 anos de história. A abertura da mostra, que reúne objetos e figurinos da cinquentenária Escola de Samba de Poços de Caldas, será na próxima quinta-feira, 8 de fevereiro, às 20h, com a participação do grupo de apresentação da bateria da Saci Pô, casal de Mestre-sala e Porta-bandeira e passistas, na Praça do Museu.

A exposição, que fica em cartaz na Sala de Exposições Temporárias Nini Mourão até o dia 28 de fevereiro, tem como objetivo valorizar a trajetória do Carnaval na cidade, resgatar a tradição da escola de samba e apresentar o tema para novos públicos. Além disso, a exposição busca também ampliar o interesse da população local em relação à história da principal festa popular brasileira em Poços de Caldas.

“Pensando em um Museu vivo, dinâmico e em consonância com a comunidade poços-caldense, trazemos a exposição que retrata a trajetória da Escola de Samba Saci-Pô, tão tradicional na cidade, enriquecendo o Carnaval com um pouco de história”, destaca a coordenadora do Museu, Nanci de Moraes.

Saci-Pô
A história da Saci-Pô começa antes mesmo da sua fundação, quando os irmãos Marcus e Fábio Togni brincavam em antigos blocos carnavalescos da cidade. Eles participaram de blocos como “Bloko Moko”, “Metralhas” e “Mucamas/73”, porém com a extinção deste último, em 1974, surgiram duas novas agremiações do carnaval local, o Bloco Arco-Íris e o Bloco do Saci, que contava com Marcus e Fábio Togni como integrantes.

O bloco estreou com um enredo sobre o Saci Pererê, um dos principais personagens do folclore nacional. Em 1975, o tema do enredo seria outro, logo seria necessário criar um nome definitivo para o bloco. Várias sugestões foram dadas, mas alguém optou por manter o nome de Saci. Assim, surgiu a seguinte indagação: “por que Saci?” A resposta veio utilizando uma famosa gíria da época: Saci, pô! Essa é a origem do nome. Deste modo, em 1975, o bloco saiu com o nome “Saci-Pô Aranha” e, no ano seguinte, com enredo sobre cartas de baralho, o nome adotado foi “Saci-Pô Coringa”.

Em 1976, surgiu no carnaval de Poços a categoria “Blocos e Blocões”. A Saci-Pô permaneceu na categoria bloco neste ano. Contudo, subiu para Blocão com o enredo Egito, em 1977, destacando-se pelas fantasias e pela bateria, alcançou a terceira posição. Em 1978, com o enredo “mosqueteiros”, o Blocão homenageou a torcida do Corinthians que saiu do jejum de 23 anos sem títulos no ano anterior. A Saci-Pô ficou em segundo lugar. Feito repetido em 1979 com o tema “Frevo”.

Em 1980, a escola passou por uma mudança drástica. As fantasias começaram a ser divididas em alas, inclusive com as tradicionais baianas, uma inspiração que veio das escolas do Rio de Janeiro, que sempre foram referência para o Carnaval. Com isso, a Saci-Pô sagrou-se campeã. A partir disso, a escola criou uma nova estrutura. Surgiu a Comissão de Carnaval, liderada pela mãe dos fundadores Marcus e Fábio, Leatriz Balerine, mais conhecida como dona Lea. Outras pessoas que compunham a comissão eram: Marcus Togni, Fábio Togni e Antônio Carlos Teodoro, o Karapiá.

A década de 1980 foi marcada por títulos. Além do primeiro citado, foram seis conquistas (1982, 1984, 1985,1986, 1988 e 1989). Com o tricampeonato, a Saci-Pô conseguiu a posse definitiva do Troféu Joel de Almeida, O Pandeiro de Ouro, que era de posse rotativa. A posse definitiva só era possível com três vitórias consecutivas, um feito difícil.

No ano de 1990, com a evolução e desenvolvimento do Carnaval poços-caldense, foi criada a categoria de Escolas de Samba subdivididas em Grupo Especial e Grupo A. Nessa década, a escola se tornou referência no Carnaval local e conquistou 8 títulos (1991, 1992, 1993,1995, 1996, 1997, 1998 e 1999). Além das vitórias, o período foi marcado por um momento de tristeza, pois Dona Lea faleceu em 1994, sendo homenageada no enredo vencedor do ano seguinte.

Nos anos 2000, a Saci-Pô inovou mais uma vez e realizou o grande desejo dos membros da escola, com a inauguração da quadra, em 2003, com a presença do Neguinho da Beija-flor. Com isso, ocorreu uma mudança de nomenclatura e escola passou a se chamar Associação de Bem Estar Social, Cultural e Carnavalesca Saci-Pô. Essa década também foi marcada por façanhas. Foram 9 títulos seguidos (2000-2008). Sendo a campeã da década pela 3ª vez e com antecedência. A partir de 2010, novos títulos vieram (2010, 2011, 2012 e 2014). No ano de 2015, ocorreu um empate entre Saci-Pô e Vivaldinos da Vivaldi.

Ao todo, a quinquagenária escola possui 32 troféus de campeã no Carnaval de Poços. A exposição conta com alguns desses troféus, fotografias de desfiles e fantasias.

Serviço
Abertura da Exposição “Saci-Pô: 50 anos de história”
Grupo de apresentação da bateria da Saci Pô, casal de Mestre-sala e Porta-bandeira e passistas
Data: 08/02/2024 – quinta-feira
Horário: 20h
Local: Praça do Museu.

Fonte: Prefeitura de Poços de Caldas