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3° Festival de Café e Comida Mineira em Nepomuceno

O gerente regional do Sistema Faemg Senar em Varginha conduziu uma palestra sobre Qualidade do Café e Sucessão Familiar, proporcionando aos produtores uma oportunidade de planejar o futuro de suas propriedades.

Foto: Sistema Faemg Senar

A praça matriz de Nepomuceno se transformou em um palco de aromas e sabores com a realização do 3° Festival de Café e Comida Mineira, que foi realizado pela prefeitura de Nepomuceno e contou com o apoio do Sistema Faemg Senar, do Sindicato dos Produtores Rurais de Nepomuceno e outros parceiros. O evento celebrou a riqueza da cultura cafeeira e da gastronomia mineira, atraindo visitantes de toda a região com uma variedade de atividades, como estandes, shows, gastronomia mineira, palestras e oficinas, entre outras atrações.

Entre grãos e saberes: um encontro para produtores

Sob o tema “Empreendedorismo, Cozinha Mineira, Café e Cultura”, o festival ofereceu uma agenda cheia de atividades aos produtores. No estande do Sindicato Rural de Nepomuceno, o gerente regional do Sistema Faemg Senar em Varginha, Caio Oliveira, conduziu uma palestra sobre Qualidade do Café e Sucessão Familiar, proporcionando aos produtores uma oportunidade de planejar o futuro de suas propriedades.

“As palestras e as oficinas complementam as ações de empreendedorismo, marketing e comercialização que os produtores exercem durante o evento. Sempre no sentido de aprimorar suas habilidades e contribuir cada vez mais para a profissionalização do cafeicultor”, explicou Caio.

Partindo do café quentinho e delicioso do Sul de Minas até o aprofundamento sobre o seu preparo. Os produtores também participaram de atividades práticas nas Oficinas de Classificação de Café e de Torra com o instrutor do Sistema Faemg Senar, Elício Aparecido de Oliveira. Eles exploraram como diferentes métodos de torra influenciam na qualidade final do produto realizando variações como torra clara, escura, prolongada, padrão e até uma que queimou o grão. Após a torra, os cafés foram moídos e degustados, permitindo aos participantes perceberem as diferenças sensoriais resultantes de cada perfil.

“Muitas pessoas estão tão acostumadas com a torra escura que, ao experimentarem uma torra mais clara, ficam surpresas. Muitos comentaram: ‘Nossa, que loucura, que diferença é essa? Nem parece ser o mesmo café’. Outros percebiam: ‘Nossa, eu passei a vida inteira queimando meu café, tomando café ruim’. Esses foram os relatos que mais ouvimos. Com a oficina, muitas coisas foram esclarecidas.  As pessoas começam a enxergar de um modo diferente e percebem que há muitos atributos a serem explorados em nosso grão, simplesmente ao realizar uma torra melhor”, detalhou Elício.

Produtores satisfeitos e valorizados

Tamires Galvão conta que participa desde a primeira edição da Festa do Café na cidade. Ela, que é a terceira geração de uma família de cafeicultores, reforçou que o café movimenta a economia do município, gera emprego e mantém a tradição entre famílias, além da valorização dos pequenos empreendedores e produtores rurais.

“A gente percebe a evolução da festa através das oficinas, das palestras, das parcerias com as empresas. Traz mais conhecimento para esses agricultores, para que eles possam melhorar a gestão de suas propriedades e tomar decisões mais assertivas. O festival, além de ser uma celebração cultural, também trouxe muito conhecimento, conexões e possibilidade de novos negócios. É onde pequenos produtores que verticalizaram a cultura do café tiveram oportunidade de expor e agregar ainda mais valor ao trabalho desenvolvido em família”, disse.

Cafeicultoras protagonistas

A Associação As Cafezeiras conduziu uma palestra sobre o protagonismo da mulher no campo. A presidente da associação, Elma Teixeira Villela, contou que o objetivo era destacar e valorizar o papel da mulher, saindo da invisibilidade para ser uma das principais figuras do setor cafeeiro.

“Tivemos a oportunidade de contar a nossa história, mostrar o potencial do nosso café, fazer negócios e conhecer várias pessoas durante estes três dias de festa. Ficamos muito felizes em participar do evento e esperamos que a cada ano possamos trazer mais mulheres que estão por trás deste fantástico mundo do café”, avaliou.

Novos negócios

A agente de desenvolvimento rural do Sindicato de Produtores Rurais de Nepomuceno, Gegisleia Maria Silva Pedroso, reforçou que, em comparação a 2022, houve um notável aumento no número de cafeicultores com marcas próprias de café.

“O número está só aumentando e a procura por capacitação também. Um exemplo claro é a Associação As Cafezeiras, onde, graças aos cursos do Sistema, muitas mulheres estão se especializando, produzindo seus próprios cafés especiais e lançando suas marcas no mercado. Ficamos felizes em fazer parte desse crescimento e colher os resultados com todos. A parceria do Sindicato com o Sistema Faemg Senar tem sido importante para alavancar e fortalecer as origens e a cultura cafeeira do nosso município”, relatou.

Fonte: Sistema Faemg Senar