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Motoristas de Transporte Escolar de Minas Gerais realizam manifestação em Belo Horizonte

Profissionais cobram PL sancionada pelo governador, Romeu Zema, na qual regulamentaria o auxílio emergencial.

Redação CSul/Foto destaque: Reprodução Redes Sociais

Motoristas de transporte escolar realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (11), em Belo Horizonte. A manifestação contou com profissionais de todo Estado. Segundo o presidente do Sindicato do Transportes Escolares, Carlos Eduardo Campos, a principal reivindicação é referente a Lei que foi sancionada pelo governador, Romeu Zema que regulamenta o auxílio emergencial aos condutores, no entanto, segundo o Sindicato, nenhum valor foi pago a ninguém. De acordo com Eduardo, há quase cinco meses mais de 20 mil famílias não recebem salários devido à paralisação pela pandemia de Covid-19.

Ainda conforme o presidente do Sindicato, “algumas famílias receberam cestas básicas em uma situação extremamente grave.”

Segundo ele, devido à situação, alguns motoristas entraram em depressão. O ato, ainda conforme o presidente da entidade, teria mais adesão, mas alguns motoristas não têm condições de abastecer as vans e micro-ônibus. Alguns veículos estão com mandado de busca e apreensão, o que faz com que os proprietários também tenham medo de sair de suas casas. 

“Queremos que o governo do Estado tire os tampões dos ouvidos, ouça a nossa pauta de reivindicação. Se ele não tem recursos para pagar, que libere empréstimos pelo BDMG. Nós não estamos pedindo esmola de ninguém, queremos sobreviver. O transporte escolar não volta este ano, nós fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar. Precisam fazer alguma coisa. Se a gente não conseguir o empréstimo, o governo que autorize essa frota a rodar no transporte público. Os ônibus estão andando lotados”, disse 

Representantes do SINTESC relataram teor e ideia do movimento/Vídeo: Reprodução Redes Sociais

A manifestação contou com aproximadamente 2.000 veículos. O trajeto teve início nas proximidades do Mineirão, percorrendo até a Cidade Administrativa.

Motoristas se reuniram nesta manhã em Belo Horizonte/Foto: Reprodução Redes Sociais

Às 11h30, representantes do grupo faziam credenciamento para o encontro com uma equipe do governo de Minas.

Reunião

Em nota, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) informou que “os representantes dos trabalhadores do transporte escolar foram recebidos, nesta terça-feira (11/08), pelo governo estadual. Os pleitos foram recebidos e serão analisados. Em relação às reivindicações, foi informada a necessidade de avaliação do impacto financeiro por parte da administração estadual”

Recursos

Em entrevista ao Super N, na manhã desta terça, o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico de Minas, Fernando Passalio, comentou sobre os empréstimos do BDMG para quem tem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

“O BDMG empresta recursos para quem tem CNPJ. É um banco de desenvolvimento e, portanto, ele tem essa amarra de emprestar recursos para empresas, prefeituras e órgãos públicos. Por isso, é importante a gente salientar a necessidade de formalização. De qualquer forma, os representantes deles serão muito bem recebidos quando chegarem aqui e nós vamos tentar construir a várias mãos a solução necessária para podermos minimizar o impacto para a categoria“, explicou.

Situação em Varginha

Em Varginha, aproximadamente 50 motoristas seguem sem realizar o trabalho devido à pandemia e consequentemente aulas remotas nas escolas e universidades. A representante dos motoristas na cidade, Ana Boareto relatou ao CSul as dificuldades que os profissionais vêm passando neste momento.

“Estamos parados, sem trabalho, com nossos carros (vans) na garagem, alguns já devolveram os veículos por falta de pagamento, outros venderam, desistiram do escolar, estão trabalhando de carteira assinada… Enfim, continuamos sem trabalho, sem ajuda, esquecidos, fomos os primeiros a parar e seremos os últimos para retornar.” – disse, Ana.

Alguns dos condutores de transporte escolar relataram a questão de motoristas de aplicativos oferecerem serviços em pontos de transporte públicos, e a dificuldade na fiscalização de autoridades municipais.

Vale ressaltar que, a Prefeitura de Varginha liberou a vistoria das vans no próprio pátio da administração municipal devido á grave situação econômica dos profissionais.

Ainda conforme Boareto, ela tentou entrar em contato com a ACIV (Associação Comercial e Industrial de Varginha) visando acordo com lojistas e empresários a fim de realizar o transporte de funcionários para evitar lotações no transporte público, contudo não obteve retorno.

Um programa chamado “Adote uma Van” foi criado para que empresários e proprietários de comércios e empresas, fretem vans para transporte de funcionários.

Com informações: Jornal O Tempo

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