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Coronavírus – Vereadores solicitam novas iniciativas à Prefeitura, por meio de requerimentos

Leonardo Ciacci, Delegado Celso Ávila e Dr. José Alencar Faleiros apresentaram documentos ao Executivo nas últimas semanas; Prefeitura responde por meio da Secretaria de Saúde

Redação CSul – Iago Almeida / Foto: Iago Almeida/CSul

Três vereadores de Varginha enviaram requerimentos à Prefeitura Municipal, solicitando testes e um sistema de atenção básica integrada, para ajudar a não proliferação da Covid-19.

A cidade conta com 96 casos confirmados de Coronavírus, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde nesta segunda-feira (8). Destes, 69 já estão recuperados e quatro evoluíram para óbito. Segundo o levantamento, sete pessoas continuam hospitalizadas, sendo um positivo e cinco suspeitos na enfermaria e um positivo no CTI. Ainda existem 836 pessoas sendo acompanhadas na cidade com síndrome gripal.

Testes em massa

O vereador Leonardo Ciacci questionou a prefeitura se há alguma programação sobre distribuição e aplicação de testes da Covid-19 na população e como será o procedimento. O vereador informou que a iniciativa poderia ser construída em parceria com o Ministério da Saúde e Secretaria de Estado de Saúde, tendo como meta a realização de exames em massa na população varginhense.

Segundo o vereador, em entrevista ao CSul, esse requerimento tem por objetivo, saber do Executivo qual seria o planejamento para a testagem da população e também dos servidores públicos municipais, principalmente daqueles que estão atuando na linha de frente no combate a Covid-19. Essa testagem seria muito importante para a Administração saber a real situação no município”, enfatizou.

Atenção básica integrada

Já os vereadores Dr. José Alencar Faleiros e Delegado Celso Ávila solicitaram a montagem de um sistema de atenção básica integrada na cidade. Segundo os vereadores, a ação ligará a atenção primária à telemedicina e ao laboratório de testagem, uma vez que é preciso, através de testes, detectar precocemente quem ainda não adoeceu, mas é um provável transmissor do vírus.

Considerando que Varginha é Gestora Plena do SUS, os vereadores pedem ao Secretário Municipal que considerasse a possibilidade. “Após estudos de sua equipe, solicitamos implantação no município da iniciativa inovadora da Prefeitura de São Caetano do Sul (SP), junto com a Universidade de São Paulo – USP e Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS, da montagem desse sistema de atenção básica, utilizando a telemedicina e laboratório de testagem”, enfatizaram.

Com a iniciativa, segundo os vereadores, quem é de Varginha, através de site ou telefone, acessaria o projeto e, após um cadastro, informaria seus sintomas. Baseado nas respostas, o médico da atenção básica ligaria ao doente e definiria se ele deve ficar em casa e aguardar a coleta do teste ou se deve ir ao hospital.

“A Atenção Primária é informada sobre os pacientes que ficaram em casa para organizar a coleta de amostras. No momento da coleta, o paciente informa os dados dos seus possíveis contactantes. O teste genético é feito no mesmo dia e o resultado orienta o sistema sobre um protocolo a seguir pelos agentes de saúde que acompanham por telefone esses pacientes e seus contactantes”, concluíram os parlamentares.

Prefeitura

CSul entrou em contato com a Prefeitura, que respondeu, por meio da Secretaria de Saúde, sobre os questionamentos sobre as novas requisições dos Vereadores. Confira a nota completa:

“Em varginha, nós temos um fluxograma que faz integração entre a telemedicina e os médico da tensão primárias e toda rede. Da seguinte maneira: a partir do momento que a gente tem síndrome gripal, sendo diagnosticada em uma unidade de saúde, ou através da própria UPA, o paciente é notificado como síndrome gripal e a ficha de investigação notificação é compartilhada com um grupo de profissionais que atuam como telemedicina e tele monitoramento. Esse tele monitoramento é feito conforme orientação do próprio Ministério da Saúde. Naqueles casos de sintomáticos ou pouco assintomáticos, é feito o contato a cada 48 horas; se é sintomáticos, todos os dias. E esse monitoramento é feito no acompanhamento da sintomatologia ou de algum sinal que o profissional do monitoramento perceba uma evolução inadequada, o paciente é direcionado pra reavaliação presencial médica e, a partir daí, é feito também as testagem. Essa testagem ela tem o PCR que é aquele do cotonete, que é recomendado do 3º até o 6º dia dos sintomas, e, caso já tiver passado de sete dias, nós podemos fazer o teste rápido, que é do 8º ao 12º dia, momento em que o teste rápido se adequá mais pra ser feito e tem uma positividade melhor. De modo que esse monitoramento é feito por via de telefone e os atendimentos presenciais, de modo que o paciente, ou recebe alta desse monitoramento ao final de 14 dias, tendo evoluído com melhoras e sem nenhum tipo de sinal de alarme para evolução insatisfatória, ou aqueles que evoluíram com mais sintomas, eles tem alta médica presencial nas unidades de saúde.

E fica claro que já é fluxograma em curso no município. A partir do momento que os casos de síndrome gripal são tele monitorados ou há um monitoramento presencial nas unidades básicas de saúde, de maneira que essas testagens já são agendadas por buscativas. Então, os pacientes com sintomas gripais, que contemplam já o agendamento, é feito um PCR ou os testes rápidos com base no que a gente tem de oportunidades naquele momento pra escolher. O fato é que já há um mês, estamos fazendo já na população geral, contemplando gestantes com síndrome gripal, todas pessoas do grupo de riscos com sintomas de síndrome gripal, os idosos, a população economicamente ativa de 15 anos até 55 anos e todos os grupos de risco. Então isso faz um diferencial muito grande, porque a gente consegue expandir a realização dos testes rápido para assintomáticos respiratórios. E o fato do teste rápido, o paciente pode fazê-lo a partir do 8º dia do sinal de sintomas, quando agendado com o paciente. E isso foi algo muito importante para o município, que é descentralizar o teste rápido e com isso as unidades de saúde básica tem o teste rápido pra Covid-19, para essa população. Nesse momento atual, de 9 de junho, nós ainda não temos protocolo científico, que justifiquem ou que nos autorize fazer testagem de assintomáticos. A testagem em massa de pessoas assintomáticos ainda é visto pela ciência e grupos de pesquisas com uma dificuldade de se interpretar os dados de que dela virão”.

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