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Diretor-Superintendente da Fundação Cultural visita o CSul

Acompanhado do jornalista Agnaldo Montesso, Marquinho Benfica apresentou planos e projetos para o setor cultural em Varginha no ano de 2021.

Redação CSul – Alisson Marques/Foto destaque: Agnaldo Montesso

Na manhã desta quinta-feira (18), o Diretor-Superintendente da Fundação Cultural, Marquinho Benfica, juntamente com o jornalista Agnaldo Montesso, visitaram o CSul para discutir projetos e assuntos que irão levar cultura para os munícipes durante o ano de 2021.

Marquinho Benfica (à esquerda) e Agnaldo Montesso (à direita) apresentaram ao CSul projetos da Fundação Cultural para 2021/Foto: Franciele Brígida-CSul

Segundo Benfica, apesar das limitações ocasionadas em virtudes da pandemia de covid-19, projetos símbolos da Fundação Cultural, tais como, o 5ª da Boa Música seguirá – mesmo que de forma remota – como aconteceu no ano passado.

Reformas no Theatro Capitólio

O diretor-superintendente da Fundação Cultural, Marquinho Benfica, destacou que o Theatro Capitólio é um patrimônio do povo de Varginha. Segundo ele, “estão previstas a substituição do sistema elétrico para suportar os equipamentos de som e iluminação mais modernos, a recuperação da pintura interna e externa, o tratamento do piso de madeira e dos ladrilhos hidráulicos e a manutenção das janelas, portas, cortinas e cadeiras da plateia. Temos um projeto futuro de instalar um ar-condicionado central, e, por isso, também a importância de substituirmos o sistema elétrico para aguentar esta carga”.

A revitalização está orçada em R$ 534 mil. O investimento é proveniente de recursos do ICMS Patrimônio Cultural depositado no Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio, que é destinado exclusivamente para a preservação dos bens patrimoniais de Varginha.

Cine Rio Branco

Inaugurado em 11 de agosto de 1956, o Cine Rio Branco, completa em 2021, 23 anos desativado. O prédio possui 1480 lugares e é considerada a maior tela de projeção da América Latina. Em 1998, o prédio, que foi tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico de Minas Gerais, hoje vive em completo abandono. Benfica explicou que é complicado a aquisição do prédio, devido à preços e serviços que deverão serem realizados.

“O Cine Rio Branco é uma questão complicada. São vários donos. É um prédio tombado pelo patrimônio estadual, ou seja, é uma situação complexa, muito difícil. São vários donos, sócios […] o que dificulta. Mas tem que arrumar ali, é um patrimônio da cidade. Sabemos que é uma obra cara. Essa questão tem de ser muito bem avaliada” – disse Benfica.

Projetos para 2021

“Além do 5ª da Boa Música que começará em março, iremos fazer, também, publicação de dois livros” – destacou o diretor.

O primeiro será voltado às “Crônicas do historiador e jornalista Nico Vidal”. O livro terá cerca de 270 páginas com crônicas escritas pelo próprio historiador, que irão tratar sobre os fatos da história de Varginha.

Visita foi pautada em projetos, planos e momento atual da fundação/Foto: Agnaldo Montesso-Fundação Cultural

O outro livro, segundo Agnaldo, será o ‘Atas da Câmara Municipal 1916-1920″. De acordo com Marquinho, o livro já está quase pronto, e irá contar a história deste período na cidade. “Tem algo interessante neste livro, pois ele irá trazer detalhes sobre a Gripe Espanhola, que atingiu a cidade em 1918” – relatou Marquinho. O livro terá cerca de 526 páginas.

Obras no estúdio da Rádio Melodia

Ainda conforme Benfica, serão realizadas obras no estúdio e restauração do transmissor da Rádio Melódia. A reforma está acontecendo, primeiramente, no Estúdio 3 da rádio, visando possibilitar a transmissão por meio de lives dos programas Bola na Rede e Jornal do Cidadão.

Perfil de Marquinho Benfica

Benfica é graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha e especializado em Direito Educacional pela Faculdade de Educação São Luís (Jaboticabal). É professor universitário na Faculdade Direito de Varginha há mais de 20 anos.

Em junho de 2020, recebeu a Comenda de Mérito Jurídico da Câmara Municipal de Varginha como reconhecimento por suas contribuições e serviços prestados à comunidade e por seu destaque na área jurídica.

Histórico da Fundação Cultural

A Fundação Cultural do Município de Varginha foi fundada em 1982, mas somente com a posse dos primeiros integrantes do Conselho Deliberativo, em 1988, que efetivamente a entidade começou a funcionar. Os membros do Conselho eram escolhidos entre os diversos segmentos culturais da cidade. Ela se constitui de pessoa jurídica de Direito Público, de fins não lucrativos, com autonomia administrativa e financeira, além de patrimônio próprio.

O objetivo da Prefeitura Municipal para essa criação foi promover, divulgar e zelar pela cultura no município, além de integrar os diversos órgãos e projetos que compunham o setor. A verba para manutenção é parte do orçamento da Prefeitura, votado pela Câmara Municipal de Varginha.

Atualmente, a Fundação Cultural é gerenciada por um diretor-superintendente nomeado pelo prefeito municipal, que deve prestar contas a um Conselho Deliberativo, órgão superior de deliberação e orientação, formado por cinco membros indicados pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo e pela classe artística. Desde 1988, foram nomeados 19 superintendentes.

A Fundação Cultural conta no momento com 50 servidores. Boa parte é formada por nomeados por concurso público e há ainda os cargos em comissão nas áreas de chefia e assessoramento. São profissionais de várias áreas, capacitados para toda a diversidade em que a cultura está inserida.

Ao longo dessa história, a Fundação Cultural de Varginha segue o slogan, que está em seu brasão em latim “Ars in Totum”, ou seja, Arte em Tudo. Foram milhares de ações culturais em todos os segmentos culturais e que continuam cada vez mais fortes, sendo amadores ou profissionais. Outro papel é da difusão cultural por meio de publicações como cartilhas, folders e livros, que retratam a arte, a cultura e a história da cidade.

A sede da Fundação Cultural situa-se na antiga Estação Ferroviária construída em 1934 e que foi tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Varginha.

Sede da Fundação Cultural de Varginha/Foto: Divulgação

Os órgãos e projetos mantidos pela Fundação Cultural são:

Órgãos vinculados

• Biblioteca Pública
• Centro de Documentação Histórica (Cedoc)
• Foyer Aurélia Rubião
• Museu Municipal
• Rádio Melodia FM
• Theatro Municipal Capitólio
• TV Princesa

Conselhos

• Conselho Deliberativo da Fundação Cultural
• Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Varginha (Codepac)
• Conselho de Programação
• Conselho Municipal de Incentivo a Cultura (Comic)

Projetos

• 5ª da Boa Música
• Feiras de Artesanato de Varginha
• Feira Literária de Varginha
•  Visite o Museu no 1º Domingo do Mês

Além destes projetos, as ações culturais são descentralizadas por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, que, a cada ano, aprova iniciativas de empreendedores nas mais diversas áreas e que são executadas gratuitamente para a população.

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