Varginha encerra 2024 com saldo positivo de 1.996 empregos

Os dados do Caged são divulgados mensalmente e oferecem uma visão detalhada do mercado de trabalho local.

Foto: Porto Seco Sul de Minas

Varginha segue em ritmo de crescimento econômico e manteve saldo positivo na geração de empregos em 2024. Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados na última quinta-feira (30/1), Com 30.347 admissões e 28.351 desligamentos, o município registrou saldo positivo de 1.996 novas vagas formais no último ano, totalizando 46.909 postos de trabalho em estoque.

O setor de serviços se destacou como o principal gerador de empregos na cidade, com a abertura de 1.252 novas vagas. Em seguida, o comércio registrou 391 postos de trabalho, enquanto o setor industrial abriu 271 vagas, a agropecuária 52 e a construção 30.

O resultado acompanha o desempenho do estado de Minas Gerais, que acumulou 139.503 novos postos de trabalho com carteira assinada ao longo de 2024. Desde 2019, o estado já contabiliza mais de 875 mil novos empregos formais, e caminha para atingir a meta de 1 milhão de empregos até 2026.

O Brasil fechou o ano com saldo de 1.693,7 mil de postos (alta de 16,5% ante o ano anterior). As performances, tanto no estado quanto no país, se deveram, principalmente, à Indústria, setor com o maior crescimento na absorção de mão de obra em

Apoiada na recuperação do ramo de transformação, a indústria mineira fechou o ano com saldo de 28,5 mil postos, alta de 92,5% ante 2023. No Brasil, o avanço do emprego na Indústria foi de 145% (306,9 vagas em 2024 ante 125 mil em 2023).

Além da Indústria, o resultado do emprego formal no ano passado em Minas Gerais foi composto pelos
saldos positivos do Comércio (28,8 mil vagas), dos Serviços (74,7 mil) e da Construção Civil (9,9 mil). A
Agropecuária, por sua vez, registrou saldo negativo em 2024 (-1,9 mil).

No Brasil, também compuseram o desempenho de 2024 os saldos positivos nos Serviços (928,9 mil), no
Comércio (306,8 mil), na Construção Civil (110,9 mil) e na Agropecuária (10,8 mil). Apesar do crescimento geral nos números, tanto no estado quanto no país, em dezembro, houve queda no emprego formal, o que é comum no último mês do ano.

Em Minas Gerais, o saldo foi de -68,6 mil postos de trabalho em dezembro, na mesma direção do Brasil (-535,5 mil). O resultado, no estado, foi composto pelos recuos em Serviços (-37,2 mil), Indústria (-13,8
mil), Construção (-12,5 mil), Agropecuária (-7,7 mil) e Comércio (-3,3 mil).

No Brasil, a queda de dezembro foi explicada pelos saldos negativos dos Serviços (-257,7 mil), da Indústria (-116,4 mil), da Construção (-89,7 mil), do Comércio (-25,1 mil) e da Agropecuária (-46,7 mil).

Análise e Perspectivas

Os anos de 2022 e 2023 foram marcados por uma recuperação do emprego formal, na esteira da
normalização das cadeias produtivas após a pandemia da Covid-19. Em 2024, contudo, a
expectativa era de normalização dos números, dado o aperto das condições fiscais na economia brasileira.

Apesar disso, o apetite do mercado de crédito e o impulso fiscal, além do ciclo das eleições municipais, emprestaram um vigor adicional à atividade, o que refletiu nos números crescentes do emprego formal. Neste sentido, a recuperação da indústria de transformação é o destaque setorial.

Para 2025, esperamos arrefecimento no emprego formal no país, dado o cenário de juros mais altos. O último trimestre de 2024, já desacelerando, antecipou essa inflexão no mercado de trabalho.

Redação CSul, com informações de CAGED e BDMG

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