Unis e GEESUL apresentam dinâmica produtiva de julho do Brasil, Minas e Rio Grande do Sul

O IdP é um indicador conjuntural que analisa o comportamento dos setores econômicos, tendo como fonte o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, a Pesquisa Industrial Mensal, a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista Ampliado e a Pesquisa Mensal de Serviços

Foto: Grupo Unis

O quinto relatório do Indicador de Dinâmica Produtiva (IdP), divulgado pelo Departamento de Pesquisa do Unis e GEESUL, apresentou os dados e análises da economia em geral e dos setores econômicos para Brasil, Minas Gerais e Rio Grande do Sul em relação a julho de 2024. Constatou-se boa expansão em Minas Gerais, estabilidade para Brasil e novo recuo produtivo no estado gaúcho.

Importante lembrar que o IdP é um indicador conjuntural que analisa o comportamento dos setores econômicos, utilizando como fonte dos dados o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista Ampliado (PMC) e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), sendo todos eles divulgados pelo IBGE e já considerados com o ajuste sazonal.

A nível Brasil, a dinâmica produtiva ficou praticamente estável com evolução de 0,08% em julho. Apenas o setor industrial teve queda (-1,44%) após a grande expansão ocorrida em junho. Por outro lado, o setor agrícola avançou 0,25% e o setor de comércio e serviços cresceu 0,63%. Neste último, cabe salientar que os serviços cresceram 1,16% e o comércio varejista ampliado avançou 0,11%. Nas cinco avaliações feitas desde o início de cálculo do IdP, em apenas um mês a economia brasileira apresentou queda, o que mostra uma dinâmica produtiva forte no contexto nacional. O professor Pedro Portugal, coordenador do estudo, afirma que “tal fato, somado ao baixo nível de desemprego e expansão de consumo, tem fundamentado a possibilidade de elevação da taxa básica de juros Selic já neste mês de setembro, visando controlar a inflação”.

O estado de Minas Gerais se destacou, apresentando expansão pelo segundo mês consecutivo, desta vez de 1,02%. O destaque de alta novamente foi a indústria com expansão de 2,06%. Comércio e serviços cresceram 0,63%, com a evolução dos serviços em 0,89% e expansão no comércio varejista ampliado de 0,36%. Já o setor agrícola voltou a apresentar queda (-0,13%). O setor industrial tem avançado fortemente em Minas Gerais contribuindo muito para a dinâmica produtiva do estado. Outro destaque é o setor específico de serviços que mais uma vez teve bom crescimento.

Quanto ao Rio Grande do Sul, após a forte expansão ocorrida em junho, primeiro mês após a tragédia ambiental, o resultado de julho teve queda de -0,37%, o que gera um alerta sobre o processo de recuperação econômica do estado gaúcho. O resultado mais preocupante se refere ao setor agrícola, cuja queda foi de -5,72%, constituindo o terceiro mês consecutivo de recuo. O setor industrial avançou 0,84% e, somado com a recuperação de junho, já demonstra uma ampliação agregada compensatória em relação à perda ocorrida em maio. No caso do comércio e serviços houve crescimento 0,47%, ainda sem capacidade de recuperar das perdas ocorridas durante a tragédia climática. Decompondo este último dado, o setor de serviços cresceu 1,49% e o comércio varejista ampliado recuou -0,32%. Nota-se que a dinâmica produtiva do estado gaúcho ainda está aquém de compensar as perdas agregadas ocorridas em maio, o que reforça a necessidade de continuar as políticas de apoio à sua recuperação econômica.

Ainda de acordo com o professor Pedro Portugal “a dinâmica produtiva de julho trouxe resultados bem diferenciados. A nível nacional tivemos um crescimento de apenas 0,08%, marcando uma estabilidade. Já o estado de Minas Gerais manteve uma forte expansão e cresceu 1,02%, mais uma vez liderado pelo setor industrial. Por outro lado, o Rio Grande do Sul voltou a ter queda na dinâmica produtiva, dessa vez de -0,37% o que reforça a necessidade de políticas públicas e bom planejamento para uma recuperação mais ampla da economia daquele estado, principalmente para o setor agrícola”.

Fonte: Grupo Unis

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