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Professores da Rede Estadual entram em greve nesta terça-feira, por tempo indeterminado

Na última quarta-feira (5), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, servidores da rede estadual de educação decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação tem início nesta terça-feira (11) em vários municípios do Estado.

O presidente do Sindicato dos Professores de Varginha (Sinpro), Abdon Guimarães Bidu, explicou que existem três motivos principais para a greve. “As escolas estaduais estão um caos, sem condições de trabalho. O sistema online de matrícula gerou situações absurdas. E o salário está defasado em pelo menos 750 reais para o professor em início de carreira”, informou.

Uma nova assembleia será realizada dia 14 de fevereiro, na ALMG. O piso salarial, de acordo com o Sinpro, está sem reajuste desde 2016. Parte do salário é pago em abono, que não é incorporado ao vencimento.

Varginha possui 15 escolas estaduais (incluindo o Conservatório de Música), onde engloba aproximadamente 8 mil alunos e 900 professores.

Sindute

Em entrevista ao CSul nesta segunda-feira (10), o coordenador do Sindicato Único dos Trabalhadores – Sindute, Omero Amarantes, em Educação de Minas Gerais disse que “ainda não temos confirmação da greve em Varginha. Alguns municípios aderiram a greve no Estado já para esta terça-feira (11), enquanto outros aguardam a próxima assembleia em Belo Horizonte, que vai acontecer na próxima sexta-feira (14). A decisão dos professores de Varginha deve sair nos próximos dias”.

SEE/MG

Em contato com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, o CSul recebeu por meio de nota, a informação que a SEE/MG “reitera que tem mantido diálogo franco e aberto com representantes sindicais para que as reivindicações da categoria possam ser apresentadas e debatidas”.

Confira a nota completa: “A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) respeita o direito constitucional de greve dos servidores da Educação do Estado e reitera que tem mantido um diálogo franco e aberto com representantes sindicais. Várias agendas foram realizadas, ao longo de 2019, com os representantes das entidades sindicais e do Governo do Estado nas quais assuntos da área da educação foram debatidos. A SEE/MG reforça que os canais de diálogos continuarão abertos para que as reivindicações da categoria possam ser apresentadas e debatidas. 

Seplag

A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão também emitiu comunicado ao CSul, informando que também está dialogando com representantes dos sindicatos de todas as categorias e que até o momento, 70% dos servidores da Educação receberam o 13º salário integral.

Confira a nota completa: “A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) informa que vem recebendo e dialogando com representantes dos sindicatos de todas as categorias. Até o momento, 70% dos servidores da Educação receberam o 13° salário integral. Para concluir o pagamento e pôr fim ao parcelamento de salários por seis meses, o Governo do Estado conta com a operação financeira do nióbio. A Seplag informa ainda que a remuneração inicial na rede estadual é de R$ 2.135,64 para a carga horária vigente de 24 horas semanais. Considerando a proporcionalidade sobre o valor do vencimento básico, equivale a R$ 3.304,23 para uma jornada de 40 horas, atendendo à legislação nacional”.

Matrícula pela internet

Em Varginha, muitos pais reclamaram sobre o sistema de matrícula online. Em entrevista ao Blog do Madeira, um homem que mora no Damasco disse que o sistema escolheu o Colégio Industrial para o filho dele (há outras escolas mais perto da casa do estudante, como Aracy Miranda, São Sebastião e Domingos Chaves). Outra moradora da cidade disse que tem três filhos e cada um vai estudar em uma escola diferente.

Em Belo Horizonte, alguns alunos terão que percorrer 50 km até chegar à escola definida pelo sistema.

Redação CSul – Iago Almeida / Foto: Camila Campos/ Itatiaia

 

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