Foram cumpridos cinco mandados mandados de busca e apreensão, nas cidades de Elói Mendes, Varginha e São Paulo.
Uma Operação para combater estelionato e lavagem de dinheiro por meio de criptoativos foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (5), com cumprimento de mandados em Elói Mendes e Varginha, no Sul de Minas, e em São Paulo. Foram cumpridos cinco mandados mandados de busca e apreensão, nas cidades de Elói Mendes, Varginha e São Paulo, além de um mandado de prisão preventiva. O Poder Judiciário determinou, ainda, a indisponibilidade de bens no valor de R$ 30.583.388,70, para futuro ressarcimentos das vítimas identificadas, pagamento de multa criminal e dano moral coletivo em caso de condenação.
A Operação Mercador de Ilusões foi realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Varginha, pela Coordenadoria Regional das Promotorias de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet Varginha) e pela Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber), em ação conjunta com a Promotoria de Justiça da Comarca de Elói Mendes, com as Polícias Civil e Militar, Receita Federal do Brasil, e apoio da Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto). Esta é mais uma operação que tem como foco os criptoativos.
As apurações apontaram que o líder do grupo investigado possui vasto conhecimento na realização de atividades financeiras no mercado de criptoativos, especialmente envolvendo Bitcoins, e atraiu a atenção de investidores de vários estados ministrando cursos para depois celebrar contratos de investimento. Os contratos eram celebrados em nome do principal investigado ou de uma empresa constituída em nome de interposta pessoa (laranja). Mais de R$ 30 milhões e 400 Bitcoins foram movimentados. O investigado chegou a repassar rentabilidades para algumas vítimas, mas com o desenvolvimento da estratégia criminosa, deixou de repassar os valores e parou de responder aos contatos. Ao mesmo tempo, adquiriu imóveis e bens de alto luxo. Parte dos ativos foi colocada em nome de laranjas, configurando a prática de lavagem de dinheiro, com o objetivo de dificultar o rastreamento do benefício dos crimes.
Participaram da operação seis promotores de Justiça, um analista do MPMG, três delegados e 12 investigadores da Polícia Civil, nove Policiais Militares e 16 auditores e analistas da Receita Federal.
Fonte: Ascom MPMG/Foto: Divulgação Receita Federal