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Meditação do Sermão da Soledade e celebração com Unção dos Enfermos marcam quarta-feira Santa; confira mensagem exclusiva de padre Mário Rabelo

Relembrando as dores de Maria, o Sermão da Soledade é meditado pelos fiéis católicos durante a quarta-feira da Semana Santa, em várias paróquias pelo mundo. Em Varginha, sete das nove paróquias fazem o momento de oração e reflexão à Nossa Senhora das Dores com missas e procissões. A Paróquia do Rosário celebra o Encontro a caminho do Calvário, enquanto a Matriz do Divino terá Via Sacra encenada na Concha Acústica, no Centro da cidade.

“Diante das dores de Maria, cada homem e cada mulher se reconhecem em suas limitações, suas dores e sofrimentos. Na figura da mãe enlutada por ter perdido o seu filho amado, a humanidade se reconhece em seu drama existencial. Ao mesmo tempo, busca em cada oração o sentimento da solidariedade e a compaixão pelos que sofrem”, disse padre Leandro Ferreira Neves de Mariana-MG.

Unção dos enfermos

Unção dos enfermos é um sacramento católico que consiste em ungir os enfermos com um óleo sagrado. Na Igreja Católica, o ritual é também denominado “Santa Unção” ou “Último sacramento”. A unção dos enfermos tem o objetivo de confortar o doente, perdoar os seus pecados e transmitir um sentimento de alívio espiritual e físico.

Nesta quarta, os enfermos da cidade poderão participar de missas na parte da tarde nas matrizes, onde receberão a unção com o óleo e benção especial.

 

As dores de Nossa Senhora

A “espada de Simeão”, que não saíra da mente de Jesus durante 30 anos de Sua vida, apresentava-se cada vez mais ameaçadora diante de Maria. Não é difícil imaginar o quanto Nossa Senhora sofreu ao ver Seu Filho ser perseguido, odiado, jurado de morte pelos anciãos e doutores da lei que o invejavam. Quantas ciladas Lhe armavam! Quantas disputas Ele teve de travar com os mestres da lei.

E eis que a Paixão do Senhor se torna presente. Todo ano, Ela ia à Jerusalém para a festa da Páscoa judaica, e também, naquele ano da morte do Seu Amado, Ela ali estava.

Podemos imaginar a dor do coração de Maria ao saber da traição de Judas, do abandono dos discípulos no Horto das Oliveiras, a negação de Pedro e, depois, Sua prisão e maus tratos nas mãos dos soldados do sumo-sacerdote. Certamente, naquela noite santa e terrível, em que Ele, “tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1), Maria foi informada dos discípulos que abandonaram o Mestre e fugiram na noite.

Fico pensando na dor de Maria ao saber da tríplice negação de Pedro, o escolhido do Senhor, e de tudo o mais que Seu Filho divino estaria passando nas mãos dos soldados naquela noite. Ela sabia que o sumo-sacerdote e os doutores da lei estavam ansiosos para pôr as mãos n’Ele. São Lucas narra com riqueza de detalhes os fatos:

“Entretanto, os homens que guardavam Jesus escarneciam-se d’Ele e davam-Lhe bofetadas. Cobriam-Lhe o rosto e diziam: ‘Adivinha quem te bateu!’” (Lc 22,63-64). (Texto do Professor Felipe Aquino, da Canção Nova)

Mensagem exclusiva

Padre Mário da Silva Quirino Rabelo, administrador Paroquial da Paróquia Cristo Bom Pastor, em Elói Mendes, e Vigário Forâneo da Forania Nossa Senhora de Fátima enviou mensagem exclusiva ao CSul sobre as 7 Dores de Maria. Confira:

Sermão das Dores de Maria
“Ó vós todos que passais pelo caminho, parei e vede se há dor igual a minha”.

Com o tempo da quaresma, nos preparamos para caminhar rumo à Festa da Páscoa. É impossível pensar na salvação da humanidade sem pensar em Maria Santíssima. Assim, Maria se torna modelo, para que, diante de suas dores, possamos pensar nas nossas e buscar o alivio e a superação.

Desde quando soube por Simeão que uma espada de dor transpassaria sua alma, quando contemplamos sua primeira dor, Maria seguiu sua vida não no desespero, mas tendo sempre a confiança em Deus, ensinando seu Filho Jesus Cristo a viver sua humanidade, mesmo sabendo que sofreria.

Depois da profecia de Simeão, Maria, passa pela dor da fuga, para proteger seu Filho de Herodes, como contemplamos em sua segunda dor.  Fugir para proteger. Quanta angustia passou Maria, numa situação difícil. E quanta ajuda recebeu de seu esposo José. Com ele, Jesus e Maria ficaram seguros.  A presença do pai aqui é fundamental. 

Maior que a fuga, Maria sofre a dor da perda do Menino Jesus, como contemplamos na sua terceira dor. Maria e José perderam o menino Jesus na multidão. Procuram-no desesperadamente. Depois de alguns dias, o encontraram no templo debatendo sua idéias com os mestres da lei.  Seus pais ficaram perplexos com sua inteligência e suas respostas. Maria poderia ter repreendido, castigado seu Filho, seus ânimos poderiam ter sido exaltados. Mas entre Mãe e Filho, havia um clima de carinho, atenção, amor. 

Com a quarta dor, olhamos para o encontro de Mãe e Filho no caminho do calvário.    Uma cena marcada pela dor e pelo amor entre ambos.  Assim, podemos imaginar o tamanho amor de Maria para com Jesus. Se o amor de uma mãe por um filho é grande, maior será pelo filho de Deus. O desejo de Maria é abraçar Jesus, lhe dar todo consolo e afeto, lhe dar todo o cuidado.

Com a quinta dor, olhamos para a cruz. Morre o Filho de Deus, morre o Filho de Maria.  Quão grande dor.  Através do seu olhar, fitado em Jesus na cruz, Maria tem o desejo de estar com Ele. Maria foi forte, estando de pé, junto da cruz de seu Divino Filho.

Pensemos na sexta dor de Maria, ao receber em seus braços o corpo de seu Filho, todo ensanguentado, frio, sem vida. Quão grande dor a de Maria. Porém, sua fidelidade a Deus, por meio de sua fé, fez brotar em seu coração a esperança.

Com a última dor, contemplamos a soledade de Maria, quando seu Filho é sepultado. Maria ainda sofre. Ela não poderá dar a Jesus um enterro digno. Resta a Maria, o silêncio, a dor. Maria sofreu com o madeiro no monte Calvário e, hoje, muitas mães sofrem com o madeiro que acolhe a morte de tantos filhos.

Que Maria nos anime e nos ajuda a comprometermos em diminuir nos irmãos as dores das injustiças e de todo mal. E que olhe por todos nós, que caminhamos nas pegados de Jesus Cristo.

Padre Mário da Silva Quirino Rabelo
Administrador Paroquial da Paróquia Cristo Bom Pastor, em Elói Mendes
e Vigário Forâneo da Forania Nossa Senhora de Fátima.

Programação em Varginha

Com exceção das Paróquias Matriz do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora do Rosário, as outras sete paróquias da cidade meditam nesta quarta-feira as Sete Dores de Maria, com o Sermão da Soledade. Além disso, à tarde, em todas as matrizes, missa e benção com os enfermos. Confira:

Paróquia Matriz do Divino Espírito Santo

7h, 12h e 19h – Missas na Matriz do Divino
14h – Lava Pés da Catequese na Matriz do Divino e comunidades São Vicente, Santa Rita de Cássia e Nossa Senhora de Lourdes (Gruta)
15h – Missa e benção para os enfermos na Matriz do Divino e comunidades São Vicente, Santa Rita de Cássia e Nossa Senhora de Lourdes (Gruta)
16h30 – Missa e benção para os enfermos na comunidade Nossa Senhora das Graças (Capela do Hospital Regional)
20h – Via Sacra encenada pela Fraternidade Evangelizadora Deus é Amor e Setor Juventude na Concha Acústica

Paróquia Nossa Senhora de Fátima

14h30 – Missa na Matriz de Fátima com benção para os enfermos
14h30 – Missa na Igreja de Santo Expedito com benção para os enfermos
19h – Missa na Matriz de Fátima com Meditação das Dores de Maria

Paróquia Mártir São Sebastião

7h – Missa na Matriz do Mártir
15h – Missa e benção para os enfermos na Matriz do Mártir
19h – Missa na Matriz do Mártir, procissão com a imagem de Nossa Senhora das Dores e Sermão da Soledade
Pregador: Diácono Marcelo Dantas, da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, de Caxambu
19h – Missa na comunidade de Santo Expedito

Paróquia Cristo Luz dos Povos

7h – Missa na Matriz de Nossa Senhora Aparecida
15h – Missa e benção para os enfermos na Matriz de Nossa Senhora Aparecida
19h – Missa na comunidade Santo Antônio
19h – Missa e procissão na Matriz de Nossa Senhora, com o Sermão da Soledade

Paróquia Sant’Ana

19h – Missa na Matriz de Sant’Ana, em seguida Sermão da Soledade.

Paróquia Santo Antônio de Sant’Ana Galvão

15h – Missa e benção dos enfermos na Matriz de Frei Galvão.
19h – Procissão saindo da Igreja São José, no bairro Centenário em direção à Matriz de Frei Galvão onde haverá a missa
A reflexão das Dores de Maria acontecerá durante a procissão.

Paróquia Imaculada Conceição

19h30 – Missa na Matriz da Imaculada Conceição e procissão para a comunidade Nossa Senhora das Dores
20h – Celebração geral da penitência e confissões individuais na comunidade São Judas (rural)

Paróquia São José

15h – Missa e benção dos enfermos na Matriz de São José
19h – Missa na Matriz de São José e procissão de Nossa Senhora das Dores em direção à Praça Joana D’arc, no bairro Parque Eliane, onde acontecerá o Sermão das Dores de Maria

Paróquia Nossa Senhora do Rosário

7h – Missa na Matriz do Rosário
15h – Missa e benção para os enfermos na Matriz do Rosário
19h – Missa nas comunidades Sagrado Coração de Jesus e Santa Cruz
19h30 – Procissão do Encontro – peregrinação luminosa com as imagens de Nossa Senhora das Dores e Nosso Senhor dos Passos para a Matriz do Rosário
20h – Sermão do Encontro na Matriz do Rosário
Pregador: Pe. Flávio Aparecido Alves, scj

Campanha

Catedral Santo Antônio

05h30 – Procissão da Penitência e missa na Catedral de Santo Antônio
09h às 11h e 14h às 16h – Confissões individuais na Catedral de Santo Antônio
15h – Missa com os enfermos na Catedral de Santo Antônio
19h30 – Missa na Igreja das Dores, Sermão da Soledade e procissão com a imagem de Nossa Senhora das Dores

Redação CSul – Iago Almeida / Foto destaque: Reprodução site maltanet.com.br

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