• (35) 2105-5555
  • csul@correiodosul.com
  • Rua Marcelino Rezende, 26 - Parque Catanduvas

Fecomércio apresenta dinâmica econômica do Sul de Minas; Varginha entre as 10 melhores

Pesquisa é a terceira da série que traça o perfil das empresas do setor varejista das dez regiões de planejamento mineiras

Segunda maior população do Estado, reunindo 12% do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro, o Sul de Minas é o terceiro território contemplado na série de pesquisas que traça o perfil econômico das empresas do setor varejista das dez regiões de planejamento estaduais, realizada pelo Departamento de Estudos Econômicos da Fecomércio MG.

Dentre os 155 municípios que compõem a região, os dez com as maiores participações no PIB são: Pouso Alegre, Poços de Caldas, Extrema, Varginha, Itajubá, Passos, Alfenas, Lavras, Guaxupé e Três Corações.

Já os dez municípios com os menores Produtos Internos Brutos são das cidades de Córrego do Bom Jesus, Alagoa, Serranos, Passa-Vinte, Marmelópolis, Dom Viçoso, Wenceslau Braz, Senador José Bento, São Sebastião do Rio Verde e Consolação.

O levantamento revela que a maioria dos estabelecimentos que atuam na atividade são microempresas (76%), prevalecendo o segmento de supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (24,2%).

Também se destacam os ramos de tecidos, vestuário e calçados (21,9%), assim como de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (19,2%).

Nesse cenário, a pesquisa mostra que as empresas do Sul de Minas estão atentas às mudanças do mercado e, consequentemente, à necessidade de destinar recursos para ações que possibilitem acompanhar as tendências e garantir competitividade. Assim, a quase totalidade dos empresários (93,3%) afirmou ter feito investimentos nos últimos 12 meses, sendo o principal deles em segurança (79,1%).

O tópico tecnologia da informação aparece em segundo lugar, com 71,6% das respostas. Além disso, aproximadamente 68% fizeram aportes em publicidade e propaganda (especialmente redes sociais; encartes/panfletos e divulgações em rádio e TV), enquanto 66,3% investiram na capacitação dos seus funcionários.

Por sua vez, a atuação no comércio exterior ainda é baixa: apenas 6% das empresas da região participam desse nicho, sendo que 87,5% destas trabalham com a importação de bens de outros países. O motivo para a baixa adesão é a falta de interesse/necessidade (31,2%) e o fato de os proprietários julgarem que a organização ainda é pequena ou nova no mercado (30,1%).

“Abrir as portas ao comércio global gera marketshare e amplia a competitividade, pois diversifica as formas de atuação. No entanto, essa questão ainda é pouca explorada em grande parte das empresas mineiras”, avalia o economista da Federação, Guilherme Almeida.

Com relação aos entraves ao setor, 21,2% dos empresários locais apontaram a elevada carga tributária do país como a principal dificuldade para o desenvolvimento do comércio. A economia informal foi citada por outros 20%.

“O custo dos impostos corresponde a cerca de 40% do faturamento. Levando em consideração que a maioria dos varejistas é de pequeno porte, o impacto é ainda maior. Além disso, prejudica os investimentos e, consequentemente, a competitividade”, argumenta Almeida.

Além do Sul de Minas, a Fecomércio MG já traçou o perfil econômico das empresas do setor varejista das regiões do Rio Doce e do Triângulo Mineiro.

A íntegra do estudo sobre as regiões de planejamento de Minas Gerais – Sul de Minas, pode ser acessada pelo site: http://www.fecomerciomg.org.br/wp-content/uploads/2018/05/Projeto-Estadual-Sul-de-Minas.pdf

Efeitos da crise econômica

A crise econômica observada nos últimos anos foi uma das maiores já registradas na história da economia brasileira. Nesse sentido, a pesquisa contemplou aspectos do período, intentando levantar o impacto sentido pelo comércio varejista da região, sendo que 74,8% dos estabelecimentos foram afetados pela crise econômica.

O principal impacto refere-se à queda nas receitas de vendas, tópico apontado por cerca de 84,5% dos varejistas. Além disso, o aumento da inadimplência e a redução do fluxo da clientela afetaram de forma negativa as empresas da região.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.