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Em agosto Varginha apresentou deflação de 0,70%

Inflação acumulada em um ano é de 13,13%.

Foto: Prefeitura de Varginha

Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice Municipal de Preços ao Consumidor (IMPC-Unis) da cidade de Varginha apresentou deflação. Em agosto a queda foi de -0,70% em comparação com o mês de julho. No período de um ano, entre agosto de 2021 e agosto de 2022, a inflação na cidade acumula alta de 13,13%. Considerando apenas os oito primeiros meses de 2022, a alta no índice é de 8,12%.

Salienta-se que o IMPC-Unis é um indicador médio de inflação composto por 5 grupos de gastos, sendo eles: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação. Estes grupos são compostos por 11 subgrupos e 44 itens que totalizam 503 preços coletados considerando diferentes tipos, marcas e locais na cidade. O levantamento dos preços é realizado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e pelo GEESUL.

Em agosto, apenas um dos grupos pesquisados apresentou alta, a alimentação (2,30%). Os produtos que apresentaram as altas mais consideráveis foram tomate (33,93%), cebola (33,46%) e batata (23,74%) em virtude da proximidade do encerramento da safra de inverno dos hortifrutigranjeiros (no caso do tomate e batata) e a oferta bastante restrita da cebola em razão da menor área de plantio neste ano. As maiores quedas ocorreram com o leite integral (-18,03%), óleo de soja (-10,66%) e alface (-6,17%). No caso do leite ocorreu uma diminuição no consumo em função das altas recentes e também a importação de produtos lácteos provocou redução na demanda interna das indústrias de laticínios. O óleo de soja teve diminuição nas exportações e aumento nos estoques e no caso da alface a oferta elevada contribuiu para esse resultado.

O grupo habitação teve queda de -0,71% provocada especialmente pela diminuição nos preços médios do gás de cozinha (-2,84%). Porém, cabe destacar que os produtos de limpeza residencial e de higiene pessoal continuam tendo elevações, neste mês foram, respectivamente, 4,27% e 1,01%.

O grupo transporte voltou a apresentar forte queda nos preços médios (-6,37%) em razão do declínio no valor dos combustíveis etanol (-11,58%), gasolina (-8,08%) e diesel (-5,65%) o que é explicado pela redução do ICMS e também a queda na cotação internacional do petróleo. Nenhum item deste grupo teve alta.

Em relação ao grupo comunicação, a diminuição foi de -4,28%, em virtude da queda nos valores médios dos planos de telefonia móvel (-5,65%) e dos planos de internet (-3,35%), também ocasionada pela redução de impostos em algumas destas categorias.

O grupo educação se mostrou estável nesta pesquisa. Mais uma vez o resultado do IMPC-Unis ficou próximo do índice oficial de inflação no Brasil (IPCA) que apresentou queda de -0,36%, segundo o IBGE divulgou em 09 de setembro. Duas questões ficam bastante claras nestes resultados, primeiramente o fato de que o nível de deflação vem diminuindo nestes três meses na cidade de Varginha: em junho foi -1,30%, em julho -0,88% e no mês de agosto -0,70%. O outro fato é que a deflação vem sendo provocada pela queda nos preços dos produtos que tiveram os impostos diminuídos pelos governos estaduais e federal, principalmente no caso dos combustíveis, energia e comunicação. No entanto, a queda nos valores destes produtos não está influenciando os demais componentes de consumo, visto que os gêneros alimentícios e os itens de limpeza e higiene continuam apresentando alta em seus preços médios.

Importante destacar que a previsão do Banco Central de que o pico da inflação seria entre os meses de abril e maio parece que se confirmou. No entanto, a continuidade da estabilidade dos preços dependerá do comportamento das safras dos produtos alimentícios, da taxa de câmbio, da demanda externa e recomposição das cadeias produtivas internacionais, visto que somente a diminuição dos impostos influencia apenas o curto prazo.

Fonte: Unis