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A cama de casal é o melhor lugar do mundo

Foto: CSul.

Só tem direito de flutuar na cama somente os bravos navegadores que enfrentaram pela vida maré exaustivas e ondas gigantescas. Nunca desistiram de acalmar o mar.

       Hoje minha situação vivencial permite dizer que a cama é o melhor lugar do mundo, principalmente se a vida está em dia. Mas nem sempre foi assim. Primeiro aprendi a sair dos martírios vivenciais degrau por degrau. Assim como um matuto gaucho no mês de maio, numa quarta feira, depois do clássico local Internacional e Grêmio sair das cobertas quentinhas às cinco horas da manhã na temperatura zero grau com disposição sobrando para enfrentar o trabalho de campo. A cama é o lugar para conquistar a paz e só conseguem quem fora dela está disposto a guerrear frente a frente com as adversidades cotidianas. Só devemos fechar os olhos depois de nossos horizontes atingidos.

       A cama é o lugar do descanso dos guerreiros e daqueles que compreendem que cada guerra vivencial precisa de uma arma diversificada. E nosso arsenal precisa da labuta diária lapidada por sonhos conseqüentes.

       Se na atual conjuntura sua cama está prazerosa é porque descobriu matar os problemas rotineiros dentro da clareza solar, levando para as noites estreladas o brilho impactante que ilumina com exatidão o alvo da felicidade.

       A permanência de uma cama confortável nasce da espessura de nosso colchão e da leveza de nossa mente.

       Sabemos que a vida é temporalmente domável, mas não definitivamente. Ter as rédeas sob nosso controle exige a força mental da intensidade da força física de Sansão.

       Hoje com experiência de sobra aprendi arrumar minha cama como domar minha rotina. Colocar o travesseiro da espessura dos problemas dos pesos cotidianos. Tento sepultar na clareza solar todas as agruras de minha luta vivencial e levar para cama somente a grandeza de uma alma faminta de felicidade, nascida da leveza das asas de um pássaro que assenta no seu ninho como mesma satisfação que a rainha assenta no seu trono.

Fonte: Juarez Alvarenga.