54,9% dos consumidores são favoráveis à volta do horário de verão

Na última segunda-feira (16), a Abrasel enviou uma carta ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com argumentos favoráveis à volta do horário de verão.

Foto: Abrasel

O horário de verão traz benefícios para a economia do país, a sociedade e a saúde das pessoas, segundo pesquisa do Reclame AQUI, em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Foram 3.000 respostas à consulta, realizada no site do Reclame AQUI (para essa amostra há uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou menos considerando um nível de confiança de 95%).

A maioria se mostrou propensa à volta do horário de verão: 54,9% disseram que são favoráveis ao adiantamento dos relógios. Destes, 41,8% disseram que são totalmente favoráveis e 13,1% são parcialmente favoráveis. Para 16,9% a mudança é indiferente. Outros 25,8% se mostraram totalmente contrários, e 2,2% dizem ser parcialmente contra a volta.

Nas regiões do Brasil onde o horário de verão era historicamente adotado (Sul, Sudeste e Centro-Oeste), a volta da mudança nos relógios ganha ainda mais apoio. O índice dos que se dizem a favor chega a 56,1% no Sudeste (43,1% totalmente favoráveis e 13% parcialmente favoráveis) e a 60,6% no Sul (52,3% totalmente favoráveis e 8,3% parcialmente favoráveis). No Centro-Oeste a adesão é um pouco menor, de 40,9% (29,1% totalmente favoráveis e 11,8% parcialmente a favor). No total das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (onde havia horário de verão até 2019), 55,74% são a favor da volta.

De acordo com o presidente da Abrasel no Sul de Minas, ACIV e SEHAV, André Yuki, o horário de verão é um tema que gera bastante debate. “Algumas pessoas gostam porque aproveitam mais a luz do dia, o que pode ser ótimo para atividades ao ar livre, aproveitar o happy hour nos bares e pode até ajudar a economizar energia elétrica. Por outro lado, há quem não goste porque a mudança de horário pode atrapalhar o sono e a rotina”, ressaltou.

Ainda segundo Yuki, para o comércio e setor de alimentação da região sul e sudeste, o horário de verão pode ter um impacto significativo na economia. “Com mais horas de luz natural no final do dia, as pessoas tendem a sair mais, o que pode aumentar o movimento em lojas, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. Isso pode resultar em um aumento nas vendas e no consumo”, explicou.

Para 43,6% dos consultados, o horário de verão ajuda a economizar energia elétrica e outros recursos. Para 39,9%, a mudança não traz economia, e 16,4% disseram que não sabem ou não têm certeza. A região Sul também é a que tem a maior parte da população com a percepção de que o adiantamento dos relógios ajuda a economizar recursos, com 47,7%. Quanto aos benefícios para a economia, a maioria entende que a mudança traz vantagens: 51,7% apontaram que o horário de verão é benéfico para o comércio e serviços, como lojas, bares e restaurantes. Outros 32,7% não veem vantagem no quesito e 15,4% não sabem/não têm certeza.

A pesquisa mostrou que 43,7% das pessoas se sentem mais dispostas a sair de casa e socializar durante o horário de verão, contra apenas 20,5% que se dizem menos dispostos. Por isso, estimamos um aumento de até 15% no faturamento com a mudança dos relógios, de forma que temos mais recursos circulando na economia, mais geração de empregos e a sociedade como um todo sai ganhando”, explica Solmucci.

Na última segunda-feira (16), a Abrasel enviou uma carta ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com argumentos favoráveis à volta do horário de verão. A pesquisa realizada no site Reclame AQUI foi anexada à carta.

Ainda segundo o levantamento, para 41,7%, a cidade onde mora fica mais atrativa para o turismo quando o horário de verão está vigente. Apenas 9,4% disseram que fica menos atrativa, enquanto 43,6% não sentem diferença e 5,3% não sabem/não têm certeza. A pesquisa também mediu a sensação de segurança trazida pela mudança no relógio, considerando o horário de saída para o trabalho. Mais de um terço (35,2%) se sentem mais seguros com a mudança, enquanto 19,5% se dizem menos seguros. Para 41,9% a mudança não traz influência e 3,4% não souberam responder.

Influência na saúde

A pesquisa do Reclame AQUI e Abrasel mostra também que o horário de verão traz uma percepção de melhoria na saúde para a maioria das pessoas que dizem sentir diferença com a mudança: 36,1% indicaram que ele influencia positivamente na saúde, contra 22,8% que dizem sentir efeitos negativos. Para 35,5% não há diferença e 5,6% não souberam opinar. O lazer (ligado ao bem-estar físico e mental) também sai beneficiado. Quase metade, 47,9%, afirmam ter mais tempo para o lazer quando a mudança nos relógios está em vigor, contra 39,6% que não veem diferença. Outros 8,4% não costumam realizar atividades de lazer e 4,1% não sabem ou não têm certeza.

A realização de atividades físicas também é beneficiada com a mudança. Para 46,1% o horário de verão traz mais disposição para a prática de exercícios físicos. Outros 36,7% não veem influência, enquanto 13,3% não praticam atividade física e 3,9% não souberam responder. No Sul do país, chega a 55,5% o número de pessoas que se dizem mais dispostas a fazer exercícios físicos nos meses de mudança de horário.

Fonte: Ana Luísa Alves / Abrasel Sul de Minas

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