Iniciativa premiada pela ALMG pode reduzir impactos da crise climática em Itajubá

Monitoramento de desastres naturais pode mitigar impactos da crise climática em cidades mineiras

Foto: Luiz Santana / ALMG

Entre as soluções vencedoras do Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação – Crise Climática, idealizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), duas iniciativas apostam em sistemas de monitoramento e uso de inteligência artificial para prevenção de desastres naturais.

Em Itajubá, a demonstração da Ashton Tecnologia Ltda como parte do programa de aceleração ocorreu neste mês de março. O trabalho da startup já está em implementação naquele município desde agosto do ano passado.

O projeto possui 25 estações fazendo o monitoramento em tempo real do Rio Sapucaí, principal curso de água da região, além do acompanhamento de ribeirões e águas da chuva. A ideia é que os dados sejam utilizados para ensinar um sistema de inteligência artificial a prever cheias e possíveis inundações, diminuindo riscos e possíveis prejuízos.

 “Assim, antes do nível do rio chegar a um transbordamento ou a um nível crítico, podemos avisar a Defesa Civil qual é a previsão para a próxima hora ou para as próximas duas, três horas”, afirma a diretora da Ashton Tecnologia Vitória Baratella.

As enchentes fazem parte da história de Itajubá, que fica na planície de inundação do Rio Sapucaí. No ano 2000, quando ocorreu a maior cheia registrada no município, mais de 70% da cidade foi tomada pelas águas. Além dos prejuízos financeiros, com a destruição de prédios e a paralisação das atividades econômicas, quatro pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas.

Para o coordenador da Defesa Civil de Itajubá, Adilson José, a situação teria sido diferente caso já existisse um sistema de como o da Ashton Tecnologia em funcionamento. “A partir do momento em que o cidadão estivesse acompanhando o nível desses rios, ele conseguiria retirar seu patrimônio de dentro das residências a tempo”, disse.

Os dados fornecidos pelo sistema possibilitam ainda, além de ações de socorro mais céleres, o planejamento e execução de planos de contingência, como, por exemplo, a definição de rotas de fuga e locais de abrigo para a população.

Fonte: ALMG

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