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Bares e restaurantes deverão contratar mais de 100 mil novos trabalhadores até o fim do ano

Segundo a pesquisa, 45% disse já ter fechado o mês de julho com lucro, número bem acima do apurado na pesquisa anterior, que mediu os resultados de junho: 37%.

Foto: CSul

Entre os dias 24 e 31 de agosto, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) realizou uma pesquisa com 1.670 empresários de todo o país, sobre a volta do movimento após o fim das restrições e boas notícias no campo econômico do país. De acordo com os empresários, os bares e restaurantes estão recuperando as margens e conseguindo respirar aos poucos.
Segundo a pesquisa, 45% disse já ter fechado o mês de julho com lucro, número bem acima do apurado na pesquisa anterior, que mediu os resultados de junho: 37%. O número de estabelecimentos trabalhando com prejuízo também caiu, de 26% para 19% (menor patamar desde o começo da pandemia).
O presidente da Abrasel Sul de Minas, André Yuki, afirmou que a cada mês, o setor vem tendo um desempenho melhor. “Acredito que para os próximos meses, com a proximidade da Copa do Mundo e do final de ano, a estatística melhore ainda mais”, ressaltou.
Ainda segundo André, a preocupação ainda mantém nas empresas que contabilizam prejuízo e um dos motivos é o preço alto dos insumos e as dívidas acumuladas durante a pandemia. “Estamos otimistas com a mudança desse quadro, pois o setor deverá contratar mais de 100 mil novos trabalhadores até o final do ano”, explicou.
O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, afirmou que o segmento está retomando as margens aos poucos, graças a alguns fatores positivos, como a queda dos índices de inflação e a injeção de dinheiro na economia através de programas sociais.
“A volta do movimento, com o fim das restrições, aponta para um segundo semestre bom para a maioria, mas não podemos descuidar daqueles que ainda não conseguiram colocar o negócio nos trilhos”, afirmou Paulo.
A pesquisa apontou ainda que o otimismo no setor se reflete na intenção de contratar: 38% dizem que admitirão novos colaboradores até o fim do ano, contra 36% do mês anterior. Outros 54% esperam manter o quadro atual de funcionários e apenas 7% dizem que podem demitir. No horizonte, a chegada do verão também contribui para as projeções de melhora.
“Outro movimento interessante é a renegociação que muitos estão fazendo das dívidas com o Simples Nacional, por meio dos programas de reescalonamento. A pesquisa mostra que a inadimplência caiu para 36%, contra os 42% de junho. E quase metade dos bares e restaurantes que estão no Simples dizem já ter aderido ao Relp, o principal programa. Se conseguirmos também permitir a possibilidade de inclusão ao Perse de um número maior de estabelecimentos, será possível melhorar ainda mais este quadro”, completou Solmucci.
Na questão do crédito também houve pequena melhora na pesquisa. Embora o número de empresas com empréstimos bancários tenha ficado estável, caiu o número das que se encontram inadimplentes com empréstimos regulares (de 27% para 23%). A inadimplência em relação ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) se manteve no mesmo patamar, em 15%.

O que dizem os empresários do Sul de Minas

Rodrigo Carneiro Ferreira, proprietário do Miolos Botequim em Varginha (MG), já enxerga essa melhora do setor acontecendo gradativamente esse ano. “Apesar de ter adquirido muitas dívidas na pandemia, pois investi em um projeto que foi ser ‘inaugurado’ a força com o início da pandemia, já em delivery, hoje já estou conseguindo colocar as dívidas em ordem e prospectar um crescimento na empresa. Apesar das dificuldades que ainda enfrentamos, como os aumentos nos preços em geral, acredito que esse semestre vai trazer um respiro para os empresários do setor de alguma forma. Tudo está longe de perfeito, mas depois do que passamos, temos que comemorar cada vitória e trabalhar ainda mais pra gerenciar cada vez melhor nossos empreendimentos”, ressaltou.
Já Ricardo Alexandre Corrêa Pereira, proprietário da Pizzaria O Forno de Varginha, a situação começou a melhorar a partir do momento em que os estabelecimentos voltaram a trabalhar sem a interferência do governo proibindo-os de abrir. “Mas essa situação permanecerá difícil pra todo o setor até finalizarmos o ano de 2023, quando provavelmente já teremos pago mais da metade dos financiamentos pra segurar a situação da pandemia e a partir de lá poderemos prever uma evolução no investimento em crescimento do setor. Por enquanto, o momento ainda é de apreensão e aperto nos freios de crescimento do setor. Lógico que a liberação do trabalho e o crédito para as pessoas têm ajudado sobremaneira a melhorar rápido nossa situação”, ressaltou.

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Fonte: Ana Luísa Alves / Assessora de Imprensa da Abrasel Sul de Minas