Artigo de Juarez Alvarenga: Divergências culturais devem ser mantidas

Texto desenvolvido pelo advogado e escritor Juarez Alvarenga.

Foto: CSul

A pluralidade de cultura é dividida em vários espaços. Mas, no mundo contemporâneo, sua manutenção está cada vez mais difícil. A cultura moderna, está caminhando para padrões comportamentais, gerando uma singularidade globalizada.

Seu sufocamento, juntamente com sua unidade, está alastrando de maneira acentuada, acarretando um homem sem suas peculiaridades.

Há penetração de conhecimentos, sem estrutura desequilibra, psicologicamente o ser humano. ABSORÇÃO CULTURAL FORA DO SEU HABITAT NATURAL É UM INSTRUMENTO DE MARGINALIZAÇÃO E DESLOCAMENTO SOCIAL.

Essa singularidade de pensamentos, hipertrofia a capacidade do indivíduo de libertar de sua autenticidade.

Hoje, fabrica seres humanos em séries. E, esta unidade, parece similar o controle social dos anacrônicos sistemas socialistas. Que procuram criar, uma singularidade tentando fragilizar as diferenças naturais. SABEMOS, QUE INFELIZMENTE, OS QUE TÊM AS MESMAS OPORTUNIDADES NÃO TÊM OS MESMOS RESULTADOS. Mas, existem pessoas com potenciais sem oportunidade, da mesma maneira que, existe gente com oportunidade sem potencial.

Abrir as portas, para elevação individual, liberta singularmente, o indivíduo e com isto eleva as bases.

O distanciamento, gerado pela natureza, poderá ser abrandado com a manutenção da hierarquia de classes. As bases impregnadas nos vértices, geram um desenvolvimento desequilibrado. Mas, pior é a sedimentação de classes que fragiliza o todo.

Desenvolvimento diferenciado, porém totalizada é a receita de qualquer sistema democrático bem sucedido.

O que gera a violência, não é o desequilíbrio econômico, é a unicidade cultural, trazida pela globalização. Nós, provincianos, temos que permanecer e preservar nossa cultura local. Deslocar para as metrópoles, faz nos perder a identidade e nos desloca para a marginalidade.

Ir para o rancho de pesca, colocando um frango caipira no fogão de lenha vendo a fumaça dispersar na chaminé, é sem dúvida, um grande alivio existencial, que nos adocica. Da mesma maneira que um empresário bem sucedido e culto, vai a Europa visitar museus.

*O texto não necessariamente reflete o posicionamento do CSul.

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