
Suspeitos de matar idosa que denunciou tráfico são condenados em Lavras
Dias antes de ser assassinada, a vítima reportou à Polícia Militar que, em um lote ao lado de sua casa, um indivíduo traficava drogas.
Foto: MPMG
Em julgamento realizado pelo Tribunal do Júri de Lavras, no Sul de Minas, o Conselho de Sentença condenou duas pessoas suspeitas pelo homicídio e pela ocultação do cadáver de uma idosa, que denunciou à Polícia Militar o tráfico de drogas na região. O crime ocorreu em setembro de 2022. O júri teve início na manhã de sexta-feira, 9 de maio, e se estendeu até a madrugada de sábado.
Um dos suspeitos cumprirá pena de 27 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, além de ter que pagar multa. Ele também foi condenado, suspeito pelo crime de coação no curso do processo, praticado contra duas pessoas.
A segunda suspeita condenada é uma mulher, que teve a pena fixada em cinco anos e quatro meses de reclusão, em regime semiaberto, além de ter que pagar multa.
De acordo com a denúncia, proposta pela 6ª Promotoria de Justiça de Lavras, dias antes de ser assassinada, a vítima reportou à Polícia Militar que, em um lote ao lado de sua casa, um indivíduo traficava drogas. Este suspeito foi preso em flagrante, e as investigações demonstraram que os entorpecentes apreendidos com ele eram de propriedade do acusado no processo, que as repassava ao traficante detido para revenda.
Com o objetivo de se vingar da idosa, o suspeito se juntou à suspeita, uma de suas clientes na compra de drogas, para assassinar a delatora. A dupla foi à casa da vítima e ofereceu carona a ela para o centro da cidade. A idosa foi conduzida a uma estrada de terra, onde foi assassinada com disparos de arma de fogo. O corpo foi ocultado em um terreno da zona rural e só encontrado no mês seguinte.
Em relação ao homem, os jurados reconheceram as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e de o crime ter sido praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Já em relação à mulher, eles rejeitaram as qualificadoras.
O processo tramita na 2ª Vara Criminal de Lavras.
Fonte: MPMG