IBGE divulga primeiros resultados do Censo e agradece participação da sociedade

A divulgação dos primeiros resultados do Censo 2022 reuniu autoridades, pesquisadores, servidores do IBGE e recenseadores do Museu do Amanhã, no Rio.

Foto: IBGE

Em clima de celebração e orgulho, mais de 500 pessoas se reuniram no auditório do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, para a divulgação na quarta-feira (28 de junho) dos primeiros resultados do Censo Demográfico 2022, que apontaram novos dados e tendências da população e sua distribuição no território brasileiro. Mais uma vez, presencialmente ou via internet, o evento atraiu grande número de veículos e repórteres de todo o país, que produziram junto ao IBGE uma cobertura jornalística histórica.

Entre as autoridades presentes, pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), o chefe da Assessoria Especial, João Villaverde, e o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos, Sérgio Firpo, ambos representando a ministra Simone Tebet; e a secretária de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, do Ministério da Igualdade Racial, Ieda Leal.

Também participaram do evento, a presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Servo, e o diretor do Instituto Pereira Passos (IPP), Carlos Krythine. Entre as autoridades estrangeiras convidadas, o diretor Nacional do Instituto Nacional de Estatística do Paraguai Ivan Ojeda, o diretor Técnico do Instituto Nacional de Estatística do Uruguai, Diego Aboal, o diretor-Executivo do Instituto Nacional de Estatística e Censos do Equador, Roberto Castillo. Além deles, prestigiaram a cerimônia a representante no Brasil do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), Florbela Fernandes, e a representante auxiliar Júnia Quiroga, assim como Luciana Phebo, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); Maria Beatriz Nogueira, do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur); Cinthia Barros, da Organização Internacional para as Migrações (OIM); e José Ribeiro Guimarães, da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Pelo IBGE, além do presidente interino, Cimar Azeredo, estiveram presentes o diretor de Geociências, Claudio Stenner, o diretor de Informática, Carlos Cotovio, o coordenador Técnico do Censo, Luciano Duarte, a chefe de Gabinete, Sonia Val, superintendentes do IBGE nos estados, coordenadores, pesquisadores e recenseadores. Também prestigiaram o evento, os ex-presidentes do IBGE, Simon Schwartzman, Eduardo Guimarães e Eduardo Rios Neto, assim como integrantes da Comissão Consultiva e do Grupo de Especialistas do Censo, coordenadores, gerentes e servidores.

Grande operação que percorreu 8,5 milhões de km2

Emocionado, o presidente interino Cimar Azeredo ressaltou na abertura da cerimônia: “ver esse auditório lotado, com tanta gente importante para o IBGE, que ajudou a construir o IBGE, ou pessoas que são ibegeanos de coração, é muito incrível. O que nos trouxe aqui hoje foi essa grande operação que percorreu durante dez meses 8,5 milhões de km2 para fazer o Censo. Preciso agradecer o apoio da ministra Simone Tebet para que o Censo pudesse ser finalizado e agradeço a cada um dos ibegeanos que viraram noites para fazer o Censo. O que permite que hoje a gente entregue o Censo para vocês é que o Censo não é do IBGE, o Censo é do Brasil, porque a sociedade fez o Censo conosco”.

Em mensagem por vídeo, a ministra Simone Tebet parabenizou os servidores do IBGE e recenseadores, lembrando: “assim que assumimos, colocamos mais de R$ 380 milhões em créditos extraordinários para que pudéssemos fazer o melhor Censo para o Brasil, que vai agora permitir que a sociedade civil, a iniciativa privada e o poder público possam com base nos dados oficiais planejar o futuro. Com as prorrogações, conseguimos colocar mais quase 16 milhões de brasileiros no Censo. Esse é o Brasil real. Que nós possamos a partir dele construir o Brasil dos nossos sonhos, um Brasil menos desigual, mais justo e mais solidário.”

Representando a ministra, o chefe da Assessoria Especial do MPO, João Villaverde, destacou que “concluir o Censo é uma grande celebração, a despeito dos problemas que aconteceram aqui e ali. O IBGE é essa foto do momento que nos acompanha há quase 100 anos e a gente vai vendo como o Brasil foi mudando, como as nossas famílias vão mudando, as nossas casas, nossa forma de se locomover e o acesso que temos ou não temos aos serviços públicos e privados”. Villaverde acrescentou que “esse Censo podia não ter coberto toda a Terra Indígena Yanomami, mas cobriu. Esse Censo podia estar com menos dois milhões de pessoas que vivem em aglomerados subnormais, mas tem essas pessoas graças à campanha Favela no Mapa, realizada com apoio da Central Única das Favelas (Cufa). Esse Censo podia estar com uma taxa de não resposta, como diz o meu filho, ‘bizarramente alta’, e não está, ela está alta ali, mas muito baixa aqui e no mesmo nível encontrado em pesquisas feitas em outros países”.

Já o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas, e Assuntos Econômicos, Sérgio Firpo, constatou que no Censo “o IBGE é muitas vezes essa porta entre o cidadão e o estado. Conhecer quem somos, finalmente, depois de tanto tempo sem o Censo é muito importante para a formulação e aprimoramento das políticas públicas. A narrativa tem que ser substituída pelas evidências para formulação precisa das políticas para atender a população. Pessoalmente, em minha carreira acadêmica, tenho trabalhado por mais de 30 anos com dados do IBGE, só posso celebrar”.

Homenagem aos recenseadores

Em nome de mais de 60 mil recenseadores que trabalharam no Censo, foram homenageados três recenseadores que se destacaram – o primeiro do Amazonas, a segunda de Minas Gerais e o terceiro do Rio de janeiro. João Barbosa Otero, recenseador em São Gabriel da Cachoeira (AM), afirmou: “a minha alegria era ver o sorriso das pessoas quando viam o recenseador no seu domicílio, na sua comunidade ou na sua aldeia”.

Já Lais Torres Medeiros, agente censitária supervisora em Espera Feliz (MG), atuou como recenseadora em outras três cidades mineiras, além de Sorriso e Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. “Eu falo que não foi só um trabalho, foi uma família que eu ganhei nesse Brasil. Tive oportunidade de conhecer tantas culturas e povos diferentes. Eu fiquei imensamente honrada em participar um pouquinho dessas estatísticas para planejar as políticas públicas que o Brasil precisa para os próximos 10 anos”. Terceiro a subir no palco, o aposentado da Marinha Mercante Raimundo Nonato Campos, recenseador que atuou no bairro do Méier (RJ) confessou: “essa foi uma oportunidade, tipo uma terapia, que me fez muito bem”.

Nos próximos meses serão feitas novas divulgações com recortes temáticos do Censo 2022.

Fonte: IBGE

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