Cenário do café em 2025 é de produção em risco e preços voláteis

O mercado físico brasileiro segue paralisado, com alta demanda e pouco interesse vendedor.

Foto: CaféPoint

O mercado global de café entra em 2025 com uma combinação de desafios, marcada por estoques baixos, problemas climáticos e consumo crescente. Enquanto a produção enfrenta dificuldades para atender à demanda, os preços seguem em alta, refletindo o desequilíbrio entre oferta e procura.

Clima e previsões

Fenômenos climáticos globais continuam prejudicando a produção de café, impedindo um crescimento significativo. Além disso, não há perspectiva de aumento na produção global que supere confortavelmente o consumo no curto e médio prazo.

Mercado e cotações

Contratos de arábica (ICE Futures US): encerraram o pregão na sexta (3) a US$ 3,1865 por libra peso, com queda de 820 pontos. 

Contratos de robusta (ICE Europe): fecharam na sexta (3) a US$ 4.968 por tonelada, em baixa de 88 dólares.

Já a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 6,1820, pressionando custos e negócios no mercado físico.

Exportação e estoques

Países produtores e consumidores lidam com níveis reduzidos de café disponível. Os estoques certificados na ICE somam 985.672 sacas, um aumento de 732.528 sacas em comparação ao ano passado.

As exportações brasileiras estão em declínio. Em dezembro, os embarques totalizaram 3.294.946 sacas até sexta (3), contra 4.544.079 no mesmo período de novembro. Apenas 20% da safra 2024/2025 ainda está com os produtores.

Assim, o mercado físico brasileiro segue paralisado, com alta demanda e pouco interesse vendedor. Apesar disso, o consumo global continua a crescer, especialmente na Ásia, com destaque para a China, que avança como importante pólo consumidor. O cenário exige cautela em 2025, com preços historicamente elevados e incertezas em relação à oferta.

Fonte: CaféPoint

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