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Greve dos caminhoneiros entra em seu terceiro dia; Combustível nos postos de Varginha está no fim

A greve dos caminhoneiros entrou em seu terceiro dia consecutivo em 22 estados brasileiros mais o Distrito Federal. Os caminhoneiros protestam contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho.

Os Correios suspenderam entregas agendadas do Sedex em todo o país. Alguns atos ocorrem diante de refinarias, impedindo a saída de caminhões-tanque, o que está causando falta de combustíveis em várias cidades do país.

Varginha

Diante do impedimento da saída de caminhões-tanque, os combustíveis nos postos da cidade estão no fim, alguns ainda já estão fechados desde a manhã desta quarta-feira (23) com os tanques vazios.

É possível ver, em toda a cidade, a enorme fila que se forma nos postos e o desespero dos motoristas que estão tendo que correr para não ficar sem combustível nos automóveis.

De acordo com a TV Alterosa, a situação foi confirmada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Minas, a Minaspetro. Segundo o diretor regional do sindicato, Leandro Moteran, o combustível não chega aos postos por conta da greve dos caminhoneiros.

Muitos moradores de Varginha estão reclamando que os donos dos postos estão aproveitando a situação para aumentarem os preços da gasolina com a alta procura. Em alguns postos da cidade, os preços atingiram R$4,99.

A Minaspetro informou ainda que não pode se pronunciar sobre isso, já que é uma escolha de cada empresário.

Também foram registradas falta de combustíveis em diversas cidades da região, como Elói Mendes, Lavras, Passos, Guaxupé, São Pedro da União, Juruaia, Boa Esperança, Serrania, Machado, Carvalhópolis e Cruzília.

Faculdades

As faculdades da cidade informaram que não irão suspender as aulas e que os alunos afetados, tanto de Varginha, quanto de outras cidades da região, devem procurar a coordenação da própria faculdade para averiguar o que poderá ser feito.

Em nota, o vice-reitor do Centro Educacional do Sul de Minas (Unis), informou as avaliações da semana serão adiadas, mas que as aulas serão mantidas normalmente: “Prezados, avaliando o quadro caótico nos protestos dos caminhoneiros, achamos prudente adiar as avalizações previstas para esta semana. As aulas estão mantidas normalmente para hoje. Sugerimos bom senso nas faltas e na eventual necessidade de reposição de conteúdo” (Vice reitor Jeferson).

A Faculdade de Direito de Varginha (Fadiva), publicou em seu Facebook oficial, uma nota aos alunos: “Prezados acadêmicos, percebendo a preocupação de vocês no que diz respeito a semana de provas, pelo fato de ter coincidido com a paralisação dos caminhoneiros, a Faculdade de Direito de Varginha tomará novas providências para que os acadêmicos que foram afetados não sejam prejudicados. Contudo, é preciso encontrar alternativas que não afetem os demais estudantes da instituição, levando em consideração que um grande número reside na cidade de Varginha. Pensando nisso, as provas acontecerão normalmente nos próximos dias (23, 24 e 25 de maio). Porém, os estudantes que forem impedidos de comparecer, devido a paralisação, terão as provas remarcadas após seu desfecho. As avaliações serão remarcadas pelos próprios professores e acontecerão no horário de aula, sem cobrança de taxa. Fiquem tranquilos, pois nenhum acadêmico será prejudicado e todos que foram afetados terão o direito de fazer as provas em uma data estabelecida junto ao professor”.

Motoqueiros

Uma manifestação pacífica de motoqueiros, para apoiar os caminhoneiros, aconteceu nesta quarta-feira (23), em Varginha. Um grupo se reuniu no Posto Tiger, na Avenida Princesa do Sul, às 9 horas e seguiu para a Walita, onde está acontecendo a manifestação na cidade.

Autotrans

O CSul entrou em contato com a empresa Autotrans, responsável pelo transporte público da cidade. Segundo informações, a empresa tem passado por um processo de desabastecimento. A situação é grave e pode comprometer os serviços de transporte prestados à população de Varginha.

“Infelizmente, diante deste cenário, a nossa operação será afetada e precisaremos reduzir nosso quadro de horários para garantir que não haja paralisação completa das operações. Asseguramos a população de que faremos o possível para minimizar os impactos nos nossos serviços. A Autotrans lamenta o cenário da falta de combustíveis gerada pelas paralisações e conta com a compreensão dos usuários do transporte coletivo por eventuais transtornos causados” afirmou a empresa em nota. 

Terminal Rodoviário

O CSul entrou em contato com o Terminal Rodoviário, que informou que as viagens estavam normais mas, algumas linhas estavam com atraso de aproximadamente 15 minutos, considerado tempo limite de atraso.

Gás de cozinha chega ao fim

Em pelo menos 10 estabelecimentos da cidade não há mais nenhum botijão para venda na tarde desta quarta-feira (23). Mensagens que circulam nas redes sociais apontam que o valor em média do botijão comercializado a R$ 70,00, já ultrapassa R$ 86,00.

Pontos de interdições parciais na região

Em todo o Sul de Minas, o terceiro dia de paralisações dos caminhoneiros teve mobilizações em pelo menos 14 pontos.Em todos os trechos, apenas veículos de passeio foram autorizados pelos manifestantes a seguir viagem.

  • BR-491, Km 256, em Varginha, no sentido à Fernão Dias – Trânsito parcialmente interditado;
  • BR-491, Km 227, próximo ao trevo de Elói Mendes – Trânsito parcialmente interditado;
  • Rodovia Fernão Dias, Km 871, em Pouso Alegre – Trânsito parcialmente interditado em ambos os sentidos;
  • Rodovia Fernão Dias, Km 796, em São Gonçalo do Sapucaí – Trânsito parcialmente interditado no sentido Belo Horizonte;
  • Rodovia Fernão Dias, Km 734, em Carmo da Cachoeira – Trânsito parcialmente interditado no sentido Belo Horizonte;
  • Rodovia Fernão Dias, nos Km 689 e 702, em Lavras – Trânsito parcialmente interditado nos dois sentidos;
  • Rodovia Fernão Dias, dos Km 680 ao 689, em Perdões – Trânsito parcialmente interditado no sentido Belo Horizonte;
  • Rodovia Fernão Dias, no Km 677, em Perdões – Trânsito parcialmente interditado no sentido São Paulo;
  • Rodovia Fernão Dias, no Km 755, em Três Corações – Trânsito parcialmente interditado no sentido São Paulo;
  • MG-050, no Km 359, em Passos – No trevo que vai para Fortaleza de Minas;
  • MG-050, no entroncamento com a BR-491, em São Sebastião do Paraíso;
  • Na BR-354, no trevo de Caxambu, que segue para Itamonte e também no trecho que segue para Juiz de Fora;
  • BR-265, entre Poços de Caldas e Águas da Prata (SP), trânsito parcialmente interditado;
  • MG-446, em Alpinópolis; apenas acostamento interditado.

Correios

Os Correios suspenderam temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Já as postagens do Sedex tradicional e do serviço PAC (entrega não expressa) estão ocorrendo normalmente, segundo a empresa.

Em comunicado, a estatal informou ainda que a paralisação também tem gerado “forte impacto” e atrasos nas operações da empresa em todo o país.

“Tendo em vista comprometer a distribuição, também haverá o acréscimo de dias no prazo de entrega dos serviços Sedex e PAC [entrega não expressa], bem como das correspondências enquanto perdurarem os efeitos desta greve”, destacou a empresa.

A operação dos Correios envolvem mais de 25 mil veículos, 1.500 linhas terrestres e 11 linhas aéreas que circulam pelo país de norte a sul. A empresa informa entregar mensalmente cerca de meio bilhão de objetos postais, dentre eles, 25 milhões de encomendas.

Petrobrás

A Petrobras anuncia que, com o reajuste que entrará em vigor na quinta-feira (24), o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias será de R$ 2,0306, com queda de 0,62% em relação à média atual de R$ 2,0433. Já o valor médio nacional do litro do diesel A recuou 1,15%, para R$ 2,3083, ante a medida atual de R$ 2,3351.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de cerca de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Veja os principais reflexos da paralisação no País:

  • Falta combustível em vários postos em cidades do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal;
  • Diminuiu o número de ônibus em circulação no Recife;
  • Transporte escolar de algumas cidades do Mato Grosso foi suspenso;
  • Abastecimento de itens hortifrutigranjeiros do Ceasa está comprometido no Ceará e em Sergipe; no Rio, já houve alta dos preços de gêneros alimentícios;
  • Produção da fábrica da Volkswagen Taubaté foi interrompida por falta de peças; o protesto também afeta outras montadoras como a Chevrolet, Ford e Fiat.
  • Rede de supermercado de Juiz de Fora (MG) colocou cartazes em várias lojas avisando sobre a possibilidade de falta de alguns produtos;
  • Linhas de ônibus que atendem as cidades de Mogi das Cruzes, Suzano, Poá e Itaquaquecetuba, em São Paulo, estão atrasando cerca de 40 minutos;
  • Os Correios suspenderam temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Em comunicado, a estatal informou ainda que a paralisação também tem gerado “forte impacto” e atrasos nas operações da empresa em todo o país.
 Redação CSul – Iago Almeida e Ana Luísa Alves / Fotos: Guilherme Campos

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