Tecnologias e cuidados cafeeirossão destaques na Expocafé
Os participantes da Expocafé 2018, que começa nesta quarta-feira (16), em Três Pontas, têm acesso a uma programação técnica diversificada que ocorre em paralelo à exposição de máquinas.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), a Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Emater-MG entre outras instituições ligadas à cultura do café promovem palestras, plantões técnicos e atividades de campo.
“A Expocafé busca ser também um espaço para a interação entre a área técnica e o cafeicultor”, informa o coordenador técnico do evento, César Botelho.
Nesta terça-feira (15), antecedendo a abertura na feira ao público, foi realizado o 9º Simpósio de Mecanização da Cafeeira. O evento, voltado para participantes previamente inscritos, abordou o tema “Manejo mecanizado e colheita seletiva visando à qualidade do café”. Foram nove palestras abordando assuntos como manejo, pós-colheita, secagem do café e qualidade de produção e da bebida.
“Trazemos aos participantes um pacote tecnológico diverso, apresentado por instituições de ensino, empresas e profissionais que são referência no setor”, destaca o professor da Universidade Federal de Lavras – UFLA, Fábio Moreira, um dos coordenadores do Simpósio, organizado pela Universidade em parceira com a EPAMIG.
No estande da EPAMIG, os visitantes puderam degustar café, adquirir produtos na versão itinerante do Empório da Empresa e obter informações técnicas.
Nesta quarta-feira, a pesquisadora Vânia Aparecida Silva falará sobre pesquisas para o desenvolvimento de cultivares de café tolerantes à seca.
“Destacaremos genótipos que estão em fase de experimento, em diferentes regiões do Estado como o Vale Jequitinhonha, o Cerrado e o Sul,” conta.
No dia 17, o tema abordado será “Pragas e doenças do cafeeiro” e na sexta-feira (18) “Cultivares de café”.
A Dinâmica de Máquinas é uma oportunidade para os cafeicultores obterem dicas técnicas e conhecerem na prática o funcionamento de equipamentos para a lavoura cafeeira, demonstrados pelos próprios fabricantes e/ou fornecedores.
A Emater-MG e a UFLA também conduzirão estações na Dinâmica. O pesquisador Thales Barcelos Resende do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf/UFLA) palestrará sobre poda do cafeeiro e abordará tópicos como o esqueletamento do cafeeiro, safra zero e manejo especifico para a recuperação da produção. “Com uma produção baixa nas lavouras, a poda pode ser uma renovação sem a necessidade de se fazer o replantio\”, afirma.
Mais atrações
No dia 16 de maio, de 14h às 16 horas, acontece o Workshop Mapeamento e Monitoramento do Parque Cafeeiro, que tem como objetivo apresentar os resultados e a metodologia do Geoportal do Café, plataforma tecnológica desenvolvida pela Fundação João Pinheiro, para mapeamento do parque cafeeiro e inserção de dados socioeconômicos e geoespaciais de todos os municípios produtores do Estado.
O Geoportal envolve Emater-MG, EPAMIG e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), além da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemg) e tem o apoio da Conab e da Embrapa Café.
No dia 17 de maio, dois eventos serão realizados na Tenda de Eventos da Expocafé. Na parte da manhã, de 9h às 12 horas, acontece o 1º Encontro das AgroMulheres, promovido pelo portal AgroMulher, que reúne informações e sobre mulheres que empreendem na agropecuária. Na oportunidade, quatro membros do grupo contarão suas experiências com a intenção de motivar outras mulheres a seguirem ramo.
“Vimos na Expocafé uma oportunidade de expandir nossos conhecimentos e debater sobre os erros e acertos”, explica a consultora Mírian Xavier.
De 13h30 às 16h, o Grupo Ecocert vai abordar o tema Certificação Orgânica por Auditoria – principais conceitos e etapas para a certificação do café.
No ônibus laboratório Ciência Móvel, os pesquisadores da EPAMIG Izabel Cristina dos Santos e Claudio EgonFacion vão tratar do tema hortaliças não convencionais.
“Participamos de outra edição e houve uma expressiva visitação ao nosso estande, onde realizamos atendimento técnico e distribuímos cartilhas e mudas”, conta Izabel.